Assembléia de Deus Missão Brasil: julho 2015

domingo, 19 de julho de 2015

O CRISTÃO PODE TER CERTEZA ABSOLUTA DA SALVAÇÃO?!

INTRODUÇÃO A DOUTRINA DA SALVAÇÃO

O ensino da salvação é conhecido como: Soteriologia que é a união entre dois termos gregos "Soteria" que significa Salvação e "Logia" que significa Estudo. Portanto Soteriologia é o Estudo da Salvação.
Nós estudaremos essa disciplina de forma simples e abreviada com intuito de responder algumas questões que têm causado muita polêmica no meio evangélico.
Para começa surge a questão; o que é salvação?
Salvação significa efetuar com sucesso a plena libertação de alguém ou de alguma coisa, de perigo iminente. Uma definição da doutrina Cristã da salvação seria: A libertação espiritual e eterna que Deus concede imediatamente a aqueles que aceitam Suas condições de arrependimento e fé no Senhor Jesus. Salvação só é possível através de Jesus Cristo, como está escrito em João 14:6; Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
 e Atos 4:12; que diz: E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. E assim sendo, depende de Deus para a sua provisão, garantia e segurança.
Como você pode saber com certeza que é salvo?
É fundamental que tenhamos convicção da nossa salvação. A Bíblia garante que podemos ter convicção da vida eterna. Sem esta convicção é impossível viver a vida cristã. Ao fazer o estudo, examine como está a sua convicção a luz da Palavra de Deus.
Na doutrina Cristã da salvação, somos salvos da “ira”; quer dizer, do julgamento de Deus sobre o pecado como está escrito em Romanos 5:9; 1 e Tessalonicenses 5:9. Nosso pecado nos separou de Deus, e a consequência do pecado é morte, como escreveu Paulo aos Romanos: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. Ro6:23. Salvação bíblica se refere à libertação da consequência do pecado e envolve, portanto, remoção do pecado. Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Rm 5:9.
PENSE um pouco e responda.  Deus permitiria que o Seu Unigênito Filho morresse na cruz para nós ficamos na incerteza. Se formos ou não salvos? Seria então a salvação incompleta? Não! Claro que a salvação é completa e suficiente para nos salvar de uma vez por todas. Entretanto, ela é condicionada. Como está escrito: Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Ap2:10. Significa que posso ou não aceitar e mesmo perdê-la se eu quiser, pela minha rejeição. Como está escrito: Nós, porém, nunca demos as costas a Deus para decretarmos a nossa própria destruição. Nós somos dos que creem e são salvos. Hb10:39. Porque, crê ou não é uma livre escolha nossa e devido ao atributo do livre arbítrio temos esse direito de aceitar ou não a salvação. Assim sendo, podemos ter certeza da salvação. Tendo em mente que a salvação é, como já foi dito, condicionada e somente nós podemos dizer se somos ou não salvos através de nossa consciência que nos acusa quando ainda é ligada ao Espirito de Deus. Pois é através dela que iremos prestar conta com nosso Deus como está escrito: Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; Rm 2:15.
É logico que existem pessoas e até pseudo irmão que suas consciências não incomodam mais devido a morte espiritual eles são verdadeiros zumbis espirituais. Paulo escrevendo a Timóteo nos adverte deste tipo de pessoa dizendo que Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; 1Tm 4:2. Significa dizer que esses (sem consciência) não serão auto incomodado pela pratica do pecado e são estes que contestam a certeza de salvação. Esquecem ou talvez não saibam que Deus há de julgar os homens através de sua consciência, como está escrito: No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho. Rm 2:16.
A salvação é para os convertidos pelo poder do evangelho de Cristo. Como disse o Apostolo do Amor em I João 5:11-13: E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus. Quem é este que tem o Filho? Aqueles que nEle creram e aceitaram (João 1:12). Se você tem Jesus, você tem vida. A Vida eterna. Não temporária, mas eterna.
É necessário saber que Deus deseja que tenhamos a certeza absoluta de nossa salvação. Não podemos viver nossa vida cristã nos perguntando e nos preocupando a cada dia se realmente somos salvos. É por isso que a Bíblia coloca o plano de salvação de forma tão clara. Creia em Jesus Cristo e você será salvo (João 3:16; Atos 16:31). Você crê que Jesus é o Salvador, que Ele morreu para pagar o preço por seus pecados (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21)? Você confia somente nEle para a salvação? Se sua resposta for sim, você é salvo! Certeza absoluta significa “além de toda e qualquer dúvida”. Ao levar a sério a Palavra de Deus, você pode saber “além de toda e qualquer dúvida” o fato e realidade de sua eterna salvação.
O próprio Jesus declara a respeito de todos os que nEle crerem: “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai”. Jo 10:28-29. Mais uma vez, isto enfatiza o termo “eterno”. Vida eterna é simplesmente isto: eterna. Não há ninguém que possa destruir a sua  salvação, porque ela é dom de Deus em Cristo. A salvação é sua basta aceitar e conserva-se com Jesus em sua vida.
Se você desejar aceitar a Jesus como seu Salvador ore pedindo perdão e entregando sua vida a ele.
Depois de confessar seus pecados a Ele e pedir que tome conta de nossa vida.
Somos intimados a se alimentar da palavra de Deus de forma que ela seja parte de nossa vida. Como está escrito: Guardei a tua Palavra em  meu coração para não pecar contra ti (Salmos 119:11). E isso inclui o pecado da dúvida.
Alegre-se no que diz a você a palavra de Deus, que ao invés da dúvida, vivamos com confiança! Podemos ter certeza absoluta, vinda da própria Palavra de Cristo, de que a condição de nossa salvação, uma vez garantida, nunca será questionada. Nossa certeza absoluta é baseada no amor de Deus por nós através de Jesus Cristo. Judas 1:24-25 diz: Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória. Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre.
Surge então uma questão que não quer calar; 
É POSSÍVEL TER CERTEZA ABSOLUTA DA SALVAÇÃO EM CRISTO JESUS?
É possível ter certeza da salvação, porque o Espírito Santo dá essa certeza. Um dos textos mais fortes a respeito da obra que Deus faz em nosso coração e da clareza com que essa obra está presente em nossa vida é Romanos 8. 16: O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Isso significa que o Espírito Santo pode dar a certeza, testificar, que realmente somos filhos de Deus, salvos. Porém, nesse texto, essa certeza é conferida em nosso espírito. Ou seja, precisamos buscá-la no nível espiritual de nossa vida. Se essa certeza ainda não existe talvez seja porque falta buscá-la verdadeiramente.
Tenha em mente que a certeza da salvação é promessa de Deus. No ponto acima vimos como o Espírito Santo age em nosso espírito nos trazendo certezas. Isso não significa que o exercício de nossa fé esteja descartado. Podemos ter certeza da salvação usando nossa fé, interpretando e crendo nas promessas que Deus nos fez em Sua palavra. Uma delas diz que Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Rm 10.13. Isso implica em que a pessoa que invoca verdadeiramente o Senhor, que está em sua presença, é um salvo. Por isso, pode confiar que somos salvos, pois é promessa de Deus.
A salvação nos é conferida quando fomos selados por Deus. Como está escrito em Efésios 1.13 que diz: em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa. Pense comigo: Se alguém creu em Jesus verdadeiramente, e agora é Seu discípulo, e está “selado” pelo Espírito. Isso significa que essa pessoa está agora marcada como sendo propriedade de Deus. Isso significa que os que foram selados podem ter a certeza de que são de Deus e de que ninguém os poderá tirar das mãos do Pai, assim como Jesus disse: Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Jo 10.29.
O Espírito Santo nos garante a salvação. Porque podemos notar que Deus deixou registrado em Sua palavra que existe uma garantia a respeito da obra de salvação que Ele realizou em nós. Observe: fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória. (Efésios 1.13-14). Deus se coloca como a garantia da nossa salvação. E se Deus é a garantia, não há porque não ter certeza de que receberemos a nossa herança! Esse mesmo ensino é encontrado em 2 Co 1. 22-23.
O apóstolo João deixou claro que podemos ter a certeza de salvação de forma racional quando escreveu sua carta para a igreja dizendo: Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. 1 Jo 5.13. Deus nos deu a conhecer Sua obra salvadora e podemos crer nela.
O apóstolo Paulo demonstrou em suas cartas que tinha plena convicção de que era salvo e de que, assim que morresse, receberia sua herança na presença de Deus. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda. 2 Tm 4.7-8. Paulo tinha certeza da salvação e nos chama a também ter essa certeza.
A Bíblia afirma que ter essa certeza é necessário para nossa vida, que devemos procurá com zelo e dedicação: Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. 2 Pe 1.10. A certeza da salvação nos traz paz e é uma bênção de Deus para nossa vida!
 A fé nos capacita a enxergar e tomar posse da convicção de que a obra realizada por Deus em nossa vida é séria, que somos salvos e gozamos já nessa vida dessa certeza, conforme nos ensina a Palavra: Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. Rm 5.1-2.
Temos que em mente que a certeza da salvação é condicional e se alguém que se diz crente não a tem é porque com certeza vive uma vida que desagrada a Deus, uma vida de pecado. Esses podem ter suas convicções abaladas pela desobediência a Deus. Mas, isso não quer dizer que a certeza de salvação seja algo impossível para nós. Significa dizer que posso com certeza saber para onde vou quando morrer
Surge então outra questão que não quer calar; COMO POSSO TER CERTEZA DE QUE EU VOU PARA O CÉU QUANDO MORRER?
Muitos vivem sem essa esperança nos dias de hoje. Outros há que dizem que ninguém pode ter essa certeza. Ainda existem aqueles acham presunção demais alguém saber disso, porque é um mistério que só Deus sabe, acreditam. Porém, Deus quer que você tenha certeza disso! A Bíblia diz: Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna. 1 João 5:13. Suponha que você estivesse na frente de Deus neste exato momento e Ele lhe perguntasse: Por que Eu deixaria você entrar? O que você diria? 
Você pode não saber o que responder. O que você precisa saber é que Deus nos ama e providenciou para nós uma forma para que pudéssemos saber com certeza onde vamos passar a eternidade. A Bíblia afirma isto assim: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo 3:16.
Em primeiro lugar, precisamos entender o que está nos mantendo afastados do Céu. O problema é nossa natureza pecaminosa nos impede de ter um relacionamento com Deus. Nós somos pecadores por natureza e por escolha. Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Ro 3:23. Nós não podemos salvar a nós mesmos. Porque pela graça. Sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Ef 2:8-9. Nós merecemos a morte e o inferno. Porque o salário do pecado é a morte. Ro 6:23.
Deus é santo e justo e deve punir o pecado, mas ainda assim Ele nos ama e providenciou perdão para o nosso pecado. Jesus disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. Jo 14:6. Jesus morreu por nós na cruz: Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus. 1 Pe 3:18. Jesus foi ressuscitado dos mortos: O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. Ro 4:25.
Então, de volta à questão inicial; Como posso ter certeza de que eu vou para o Céu quando morrer A resposta é: acredite no Senhor Jesus Cristo e você será salvo. At 16:31. Como está escrito: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deu. Jo 1:12. Você pode receber a vida eterna porque ela é um dom GRATUITO. Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. Ro 6:23. Você pode ter uma vida cheia de significado agora mesmo. Jesus disse: Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Jo10:10. Você pode passar a eternidade com Jesus no Céu, pois Ele prometeu: E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde estou, estejais vós também. Jo 14:3.
A certeza de salvação é para todos que nasceram de novo com Cristo Jesus. Como está escrito: Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca. 1Jo 3:18. ESSA É ESPERANÇA DO SALVO, de que pela fé somos guardados na salvação em Cristo.
Se você quer aceitar Jesus como seu Salvador e receber o perdão de Deus, aqui está uma oração que você pode fazer. Fazer esta oração ou qualquer outra não irá salvar você. É apenas confiando em Jesus Cristo que se recebe perdão dos pecados. Esta oração é simplesmente uma forma de expressar a Deus a sua fé Nele e agradecer por providenciar o seu perdão.
Deus, eu sei que pequei contra Ti e mereço punição. Mas Jesus Cristo tomou sobre Si a punição que eu mereço para que através da fé Nele eu pudesse ser perdoado. Eu me volto contra o meu pecado e ponho a minha confiança em Ti para salvação. Obrigado por Tua graça e perdão maravilhosos! Amém!.
Se você tomou uma decisão por Cristo por causa do que você leu aqui? Deseja oração? Eu posso continuar a orar por você e te ajudar.
Entre em contato comigo. Deixe seu Email ou se preferir no Facebook José Alfinyahu. Neste site oferecemos curso bíblico grátis. Terei grande alegria em orar por você e estudar a bíblia com você. 
Agora se ficou alguma duvida questione nos comentários, terei prazer em responder suas perguntas, faça sugestões de estudo que postaremos aqui neste site para você. Temos o disk oração que você pode fazer seu pedido de oração que esteremos orando por sua vida. Para DISK ORAÇÃO clique a aqui

Continua

Shalom Adonay



José Alfinyahu
Pastor, Th.M. em bíblia e Th.D. em Teologia sistemática.



Se você aceitou a Jesus, agora e orou comigo, entre em contato comigo por email quero entregar a você uma Bíblia e um curso bíblico grátis.
j.alfin@hotmail.com 
neste site tem uma pagina que você pode fazer seu pedido de oração é só clik aqui em pedidos de oração você será redirecionado para deixar o seu pedido de oração.

Temos vídeos feitos para pessoas que estão começando na fé e precisam de ajuda espiritual, aqui colocamos esses de oração  para você, ouça!

ESSE É PARA VOCÊ ORAR PELA MANHÃ QUANDO COMEÇAR SEU DIA




ESSE É PARA VOCÊ OUVIR NA SUA CASA SEMPRE QUE SE SENTIR TENTADO A SE AFASTAR DE JESUS

ORE COM FÉ

ORAÇÃO PARA QUEBRAR FEITIÇOS E MALDIÇÕES 




Espero noticias suas!

Shalom Adonay

Seu amigo José Alfinyahu

Se você gostou compartilhe e salve vidas para Jesus.
Declaração de Direitos Autorais

O conteúdo em nosso site é produzido por Escola Teológica para Profetas, e pertence por direito ao autor, publicador e/ETP.org. Se você gostou desse artigo, encorajamos você a distribuí-lo, desde que concorde com a política de copyright de ETP.org. e inclua essa nota.


 CURTA NOSSA PAGINA NO FACEBOOK:
  







CURSO FORMAÇÃO TEOLÓGICA

Ajudar comprando nossos cursos

Adquirindo nos cursos você já contribui para continuação desse trabalho de divulgação da palavra de Deus e manutenção de nossos projetos sociais que visa reintegrar na sociedade aqueles que estão excluídos pela extrema pobreza.  

       Nossos Cursos foram desenvolvidos através do Moderno Método de Ensino Open University, Utilizado nas mais conceituadas universidades internacionais, onde os alunos estudam as matérias conforme sua necessidade, prioridade e disponibilidade.

             O Curso é GRÁTIS, sem mensalidades, você paga apenas uma TAXA de manutenção é pode parcelar no cartão de 10 vezes sem juros. Assim, que recebemos a notificação do seu pagamento enviaremos o curso completo, junto com a ficha de inscrição. O material chega pra você de imediato no seu Email. O acompanhamento será pela internet, tiraremos todas suas dúvidas.






DOAÇÃO VIA INTERNET

Caso queira fazer doação de qualquer valor para nos ajudar, via internet, utilizando cartões de crédito, débito o boleto bancário, clique no botão de “doação” abaixo. Utilizamos os serviços do PagSeguro Uol. É rápido e seguro.

AO DOAR GANHE UM BRINDE

         OBRIGADO por Ajudar nosso TRABALHO Social. SUA DOAÇÃO ajudará MUITAS PESSOAS SEREM Alcançadas e SOCORRIDAS. Ao DOAR qualquer valor VOCÊ GANHA TOTALMENTE GRÁTIS à ENCICLOPÉDIA DE BÍBLIA, TEOLOGIA E FILOSOFIA: 
6 VOLUMES de Russell Norman Champlin. Em mídia digital
Que enviaremos para seu E-mail assim que com firmamos sua doação.


PARTICIPE e GANHE!

PARA CONTRIBUIR COM QUALQUER VALOR CLIQUE EM DOAR 
AQUI EM BAIXO



quinta-feira, 2 de julho de 2015

O DIVÓRCIO, O PASTOR, A IGREJA E O NOVO CASAMENTO

O DIVÓRCIO E AS ESCRITURAS SAGRADAS
Quero deixar bem claro que meu intuito com este estudo não é fazer apologia ao divórcio ou incentivar quem quer que seja a praticar de forma irresponsável as normas do casamento. Nosso desejo e analisar este conceito fazendo uso da bíblia com ajuda da hermenêutica a da exegese para uma compreensão mais ampla deste tema tão debatido e discriminado por muitos há muito tempos atrás. Espero que você deixe o preconceito de lado e venha comigo para uma investigação bíblica que tem divididos opiniões durante muitos séculos.
Sabemos que o casamento é a primeira e a organização principal de Deus neste mundo. Gn 2:23, 24; Mts 19:4, 5. Criada com intuito de durar enquanto existir vida em um dos cônjuges. Sendo assim, o homem não tem o direito de rompê-lo. Mt 19:6. Deus estabeleceu o casamento para durar por toda vida. Sem as famílias, este mundo era ainda muito pior. E a causa responsável para mundo está assim tão ruim, são as faltas de estruturas em muitas famílias. Famílias contraídas sem planejamento, sem amor.
Como já foi dito não pretendo fazer apologia ou promover o divórcio, pois realmente a família é à base da sociedade e o divórcio, a sua destruição, mas, no entanto, não consigo visualizar um Deus que tem prazer no sofrimento, na solidão. Não, esse não é o Deus que eu creio. Creio em um Deus que é amor, liberdade, livre arbítrio nas nossas decisões. Creio também, que Deus, sabiamente, na Sua Magnitude, nos estimula a não praticar o divórcio, mas havendo a necessidade de fazê-lo, Ele não nos condena e abre uma porta.
Por ser algo traumático, o divórcio é sempre um assunto difícil de ser tratado. Existem pessoas que não o aceitam em nenhuma condição. Há pessoas que sob determinadas circunstâncias são favoráveis, e há até os que buscam base nas Sagradas Escrituras para admiti-lo em qualquer situação.
Divórcio é uma palavra que tem sua origem do latim, da palavra divortiu, e seu significado é a "dissolução do vínculo matrimonial, ficando os divorciados livres para contraírem novas núpcias" ou simplesmente "separação".
Podemos perceber através de pesquisas arqueológicas, que o divórcio não é uma prática da modernidade, Os sumérios que habitavam na Mesopotâmia, região que ficava entre os rios Tigre e Eufrates. Encontramos relatos de seus antepassados que já se tinham notícias que desde o ano de 9.500 a.c. se praticava o divórcio. Os escribas sumérios através dos seus escritos, passaram a descrever os feitos de seus reis, onde se encontravam as leis, a organização dos seus exércitos. Através desses escritos milenares como já dito é que se tem conhecimento que a prática do divórcio já era difundida entre os povos da antiguidade, pois "o aumento da complexidade da sociedade suméria implicou o crescimento da demanda por leis uniformes que regulassem não apenas as transações comerciais, mas, também, a conduta civil e criminal".

Discussões em torno de Mateus
Durante muito tempo, é discutida a clássica interpretação dada por Jerônimo; "A cláusula de Mateus, demonstraria a licitude de uma separação entre marido e mulher, mas não incluiria a possibilidade de um novo matrimónio", porém, muitos não concordam com esta interpretação e afirmam que Jesus deu uma exceção em caso de adultério. Mas, ao lermos esta passagem, vemos que não é adultério (Gr. MOICHEIA) e sim fornicação (Gr. PORNÉIA). J. Bonsirvem, depois de uma análise detalhada do termo Pornéia chegou à conclusão de que a afirmação referia-se aos matrimónios contraídos contra as leis do Levítico vigente (Lv.18), os quais deveriam ser considerados como uniões ilegais. Ellison, por sua vez diz que o casamento é desfeito pelo adultério; "Que tem o efeito de abortar ou desfazer a união conjugal aos olhos de Deus. Embora o casamento tenha sido planejado por Deus para ser permanente, o ato de adultério quebra a união de uma só carne entre marido e mulher, em desafio a vontade de Deus... Sendo isto verdade, a outra parte não é culpada de adultério a obter o divórcio. O adultério já foi cometido neste caso, rompendo a união pela quebra da fidelidade e uma nova união física". Só que a palavra como já vimos, não é adultério, mas sim fornicação. Moisés concedia o direito de se casar no caso de fornicação, mas não em caso de adultério, pois os adúlteros morriam apedrejados. (Dt.22:28; Lv.20:10).
J. D. Douglas, diz que: fornicação é equivalente ao adultério. Notamos que não é bem assim porque a fornicação é o pecado de pessoas solteiras. O adultério é o pecado de pessoas casadas com outras que não são seus próprios cônjuges. Paulo fala de maneira distinta, quando fala dos dois dizendo: nem os fornicários, (Gr. Fornos) ... nem os adúlteros (Gr. Moíchos) ... hão de possuir o Reino de Deus. I Co. 6:9-10. ARA.
B. H. Streeter, argumenta que a sessão de Mateus acerca do divórcio, é narrada mais naturalmente, e está intimamente relacionado com o uso judaico e não com o paralelo em Marcos. Ele observa que a questão do divórcio, “por qualquer motivo” era, na verdade, debatida, mas que o direito de se divorciar como tal não era porque os fariseus acreditavam que o divórcio era lícito.
Os debates continuam entre os que afirmam que a justiça de Jesus está acima, descartando completamente a hipótese do divórcio, citando o propósito de Deus na união que não pode ser desfeita pelo homem e pelos que entendem que o divorcio é licito em caso de adultério.
As discussões continuarão entre os intérpretes, até que haja um senso comum sobre esta passagem acerca do divórcio. A seguir expressaremos a posição de Jesus acerca do problema.
Visão de Jesus acerca do divórcio
Muitos são os que dizem: quando começamos a entender as palavras de Jesus, vemos o casamento como sagrado e indissolúvel, exceto pela morte.
No evangelho de Mateus encontramos o confronto de Jesus e os doutores da Lei no seguinte verso que diz: "Alguns fariseus se aproximando de Jesus, e perguntaram, para tentá-lo: É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo? Jesus respondeu: Vocês nunca leram que o Criador, desde o início, os fez homem e mulher? E que ele disse: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão uma só carne? Portanto, eles já não são dois, mas só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não deve separar. Os fariseus perguntaram: Então, como é que Moisés mandou dar certidão de divórcio ao despedir a mulher? Jesus respondeu: Moisés permitiu o divórcio, porque vocês são duros de coração. Mas não foi assim desde o início. Eu, por isso, digo a vocês: quem se divorciar de sua mulher, a não ser em caso de fornicação, e casar-se com outra comete adultério. Os discípulos disseram a Jesus: Se a situação do homem com a mulher é assim, então é melhor não casar. Jesus respondeu: Nem todos entendem isso a não ser aqueles a quem é concedido. De fato, há homens castrados, porque nasceram assim; outros, porque os homens os fizeram assim; outros, ainda, se castraram por causa do reino do céu. Quem puder entender, entenda. Mt.l9:3-12. BEP.
Como vimos esta Bíblia traduz este texto desta forma: "Alguns fariseus se aproximaram de Jesus, e perguntaram para tentá-lo. Já a Bíblia de Jerusalém traduz este versículo assim: Alguns fariseus se aproximaram dEle, querendo pô-lo à prova. A Bíblia do pão editada pela editora vozes traduz desta forma: Aproximando-se dEle uns fariseus para prová-lo com a pergunta. A Bíblia edições Ave Maria, tradução dos originais feita pelos monges de Maredsous, diz: Os fariseus vieram pergunta-lhes para pô-lo à prova. A Bíblia tradução Ecuménica é muito mais precisa, quando diz: Alguns fariseus achegaram-se a ele e lhe disseram a fim de lhe armar uma cilada. Todavia, em todas estas versões o sentido é o mesmo do grego PEIRAZONTES sig. Provar, experimentar, submeter a prova, tentar conseguir apoio ou experiência. A questão é por que eles queriam submeter Jesus a prova com esta pergunta? Dentre as varias argumentações destaco primeiro o fato de Jesus está na região onde João foi preso e decapitado por condenar Herodes por ter casado com a mulher divorciada de seu irmão. Provavelmente este seria um a boa oportunidade de colocarem o Mestre na mesma situação de João Batista e quem sabe elimina-lo também. O segundo ponto seria provavelmente era porque os fariseus tinham em mente os conceitos das escolas de Shamai e Hillel, estas no tempo de Jesus debatiam as bases para o divórcio, assumindo diferentes posições na interpretação de Deuteronômio 24:1.
Hillel, era o principal mestre do templo, seus ensinos e interpretação da Lei deu-lhe o título de Nasi, que Sig. A maior autoridade em crítica e interpretação da Bíblia.
Shamai, também era um mestre muito respeitado, motivo pelo qual havia debate entre este, e aquele.
Na questão do divórcio, Hillel achava que qualquer motivo justificava a separação do casal, mas seu opositor cria que somente o adultério poderia causar o divórcio. Assim sendo, quando os fariseus indagaram a Jesus sobre o assunto em questão, estavam querendo forçá-lo a optar pela opinião de um desses mestres.
“Shamai dizia que o motivo para o divórcio era o adultério tomando por base o termo ''indecente". Hillel debatia o significado de "indecente", interpretando-o como qualquer motivo. Exemplo, o fato de a esposa ter queimado a comida ou feito o marido comer algo que não havia sido antecipadamente dizimado.
Em outras palavras, a pergunta feita a Jesus foi:
Você concorda com a interpretação deste ou daquele mestre? Jesus, o senhor apoia ou condena o casamento de Herodes com a divorciada Herodias, mulher de seu irmão Filipe? Mt14:3
Jesus, em vez de apoiar determinadas concepções, mostra-nos que o casamento é indissolúvel para Deus, quando afirmou: O que Deus uniu o homem não deve separar. Jesus foi muito enfático: o homem não deve separar; quem é o homem para separar o que Deus uniu? Como disse: Karl Hermann "todo e qualquer casamento é sustentado por Sua vontade, ou seja, a Vontade soberana de Deus. Divórcio é violação da atual vontade Divina. De cada matrimónio vale: O que Deus uniu, não o separe o homem".
Jesus estava reconhecendo a união do homem com sua mulher, como obra de Deus, que não pode ser desfeita pelo homem. Separar é obra do homem e não de Deus. A união física externa é santificada por união espiritual, pessoal que é indissolúvel, exceto pela morte.
Os fariseus inconformados apelaram para o que Moisés disse. Talvez eles pensassem: Agora pegaremos este Galileu. E interpelaram: Então, como e que Moisés mandou dar certidão de divórcio ao despedir a mulher?
O grande Mestre coloca o texto em sua verdadeira perspectiva afirmando que Moisés não ordenou o divórcio como mandamento, mas tão somente regulou uma prática já existente. Em suma, o divórcio era permitido no Velho Testamento como tolerância e não como plano Divino.
A forma da Lei em (Dt.24:1-4), pode ser melhor compreendida nesse sentido, já que o povo veio do Egito onde esta prática era bastante comum, e na própria Suméria, de onde veio Abraão; influenciado por essas nações, o povo endureceu o coração.
Nosso amado Senhor sabia disso quando falou: "porque vocês são duros de coração". Esta frase é um semítismo usado para designar a interioridade do homem, inteligência, vontade e sentimentos. Cf. .Mt.5:8. No grego (SKLEROKADIAN) esta palavra possui duas raízes: 1° SKLERÓS sig. Duro, severo, impetuoso, obstinado. 2°. KARDIA sig. Coração, mente, personalidade, caráter, vida íntima (centro e sede da vida espiritual, alma ou mente, como fonte e sede dos desejos, apetites, afetos, propósitos. Podemos traduzir essa frase da seguinte forma: "Pela vossa persistência em perseverar no erro".
Cristo, é a verdadeira expressão do amor Divino, dá aos fariseus uma grande lição, mostrando que a raiz do problema humano é chamada de "dureza de coração ou cegueira espiritual''. Essa doença produziu não só o divórcio e a poligamia, mas também a vingança humana, retratada no termo: "dente por dente e olho". Ex.21:24. Jesus nos mostra o sintoma desta doença chamada dureza de coração. Ela se manifesta de muitas maneiras diferentes e uma delas nos é conhecida por divórcio, produto de corações e mentes fechadas para o amor de Deus manifestado no calvário, ficando lugar apenas para um vírus pequenino, porém mortal, que se aloja na intimidade do relacionamento do casal. À primeira vista ninguém percebe, nem vê ou, muito menos, é capaz de identificá-lo. Porém, aos poucos, ele vai minando a comunicação do casal, o sentimento de afeto e respeito vão ficando fracos ate que o prazer de estarem juntos desaparece ou é aprisionado pela sensação que seria bem melhor separar-se, e partir para outra. Nesse estágio a doença começa com a febre da separação, com o aumento do grau da febre, os micro organismo oportunistas criam maior dano. Esses, às vezes, são os melhores amigos ou os próprios familiares que, ao invés de buscarem a restauração, partem em defesa de uma das partes e até começam a incentivar a separação. Outras vezes, são pessoas que, aproveitando-se da carência afetiva e de mágoas, insinuam-se como um ombro amigo e consolador da aventura extra conjugal. A dureza do coração tem feito muitas vítimas que infectadas pelo vírus do divórcio, acabam com suas vidas e a vida de seus filhos. Com a doença: dureza de coração, os fariseus e muitos intérpretes da Bíblia, chegam a ver como vontade de Deus a separação de um casal que vivia um estado de impureza qualificada, esquecendo-se do amor pacificador e reconciliador de Deus.
O Sábio Mestre contendeu pela permanência do casamento, dizendo: "Mas não foi assim desde o início.", em outras palavras, Moisés permitiu repudiar, mas o propósito de Deus na criação foi que o esposo e esposa se tornem uma só carne. E, por esta razão, os homens não devem separar o que Deus uniu.
Na discussão que se seguiu, Jesus explica porque o divórcio é errado, definindo-o como violação da instituição Divina. Ao afirmar: "Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério". Mt.19:9.ARC. Neste versículo, temos duas palavras gregas traduzidas como adultério: 1°. A não ser por causa de adultério. 2°. Casar com outra comete adultério.
Nesta última, Jesus afirma que aquele que se divorcia de seu casamento e casar de novo, comete adultério. Esta palavra, no grego é Moichós e pode ser traduzida como: réu de infidelidade para com Deus. Em outras palavras, a pessoa que se divorcia é transgressora da instituição Divina e como tal, é réu de infidelidade para com Deus, o soberano e eterno que os uniu em uma só carne; e o que Deus uniu não separe o homem.
Há os que discordam, dizendo que Jesus permitiu uma exceção no caso de adultério. Porém, se de fato isto é verdade, por que os discípulos disseram no versículo 10: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar? Creio que temos que observar que na dispensação da Lei, o adultério não era motivo de divórcio, isto porque todo adúltero era réu de morte, Cf. Lv.20:10. No caso de fornicação, era bem diferente, já que os infratores eram obrigados a casarem e nunca estes poderiam se divorciar: Se um homem seduzir uma jovem virgem, ainda não comprometida, e for apanhado no ato, pagará a multa de cinquenta ciclos de praia ao pai da moça, e terá que casar com ela; e nunca poderá conseguir divórcio. Dt.22:28-29. B.V.
A lei nunca ordenou ao casal divorciar-se. Porém, como toda regra têm exceção, havia, contudo, certas evidências que colocaria em xeque a lei e fazia com  que você se quiser divorciar-se do seu cônjuge, só poderá fazê-lo. Segundo estas exigências. É justamente por isso que Jesus diz: "Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério". Mt.19:9.ARC. Nesse versículo a cláusula de exceção fica transparente pelo uso que Jesus faz da expressão grega parektòs — cujo significado é: “exceto; com a exceção de” que implica em condições e exceções para regulamentação do divórcio.
A questão, porém, é outra palavra do versículo, traduzida como adultério ou infidelidade no grego é Pornéia que designa prostituição, enquanto que Mochccnai, designa adultério, que já vimos, como sexualidade ilícita dentro do casamento ou contra ele.
Muitos são os querem ver nesse verso de Mt.19:9, o adultério, entretanto, varias versões traduzem ele assim: exceto por motivo de prostituição. Esse é de fato o verdadeiro sentido, pois o mesmo está de acordo com o hebraico Zenüt que literalmente é prostituição, o qual nós encontramos em levítico 18:17 e se aplica a uniões ilegais que poderiam se romper por serem tidas como casamentos falsos. Como diz Lv.18:16: A nudez da mulher de teu irmão não descobrirás; é a nudez de teu irmão. Parentes chegados não podem se casar como no caso de Herodes e Herodias.
Não é difícil de acreditar que Jesus esteja fazendo uso deste pensamento quando expressou sua opinião sobre a separação em questão. Assim sendo, no dialogo de Jesus ele se referia a essas uniões ilegais que poderiam de fato derrocar um casamento judeu e Herodes era réu. É justamente por isso que o Mestre, sabendo que não era chegada sua hora, evitou bater de frente com o governo de Herodes.
Há muitos que não concordam com esta interpretação dizendo que a infidelidade deita abaixo o casamento e que, assim sendo a parte inocente tem o direito de se divorciar e casar de novo. Entretanto, existe uma polemica aqui neste verso quando Jesus diz que: O que casar com a repudiada também comete adultério. Mt. 19: 9 b- ACR. A questão é quem essa repudiada que Jesus esta falando aqui? É a parte inocente? Em caso de positivo, significa que quem casar com ela está em adultério e consequência disto quem casar com ela também está.
Seria esse justamente o motivo dos discípulos ficaram perplexos com o padrão de Jesus para o casamento? Quando eles afirmaram; se tal é a condição do homem relativamente à mulher então não convém casar. Em outras palavras, se não há possibilidade em dissolver o casamento, é bem melhor não contrair o matrimonio. Esse padrão bíblico acerca do casamento é muito elevado; segundo Jesus: nem todos estão aptos para esta declaração, mas somente aqueles a quem Deus ajuda. Mt.19:11. B.V.
Para finalizar, Jesus vai muito além quando afirma que: alguns nascem sem a capacidade de casar-se e outros se recusam a casar por causa do Reino dos céus. Mt 19:12a. B.V.
Seria então o caso do Mestre te concluído, sem deixar sombra de dúvidas, acerca do casamento como instituição Divina indissolúvel? Quando afirma: quem poder aceitar isso, o aceite. Mt.19:12b. AVR. Ou seja, quem possui entendimento espiritual aceite o que lhe é revelado. Seria essa a verdade aqui revelada em Mateus? Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério".Mt.19:9.ARC.
Temos que ter em mente que o texto começa dizendo: Alguns fariseus se aproximando de Jesus, e perguntaram, para tentá-lo, ou melhor, querendo pô-lo à prova. Seria o caso de querer algo para acusar o Mestre e coloca-lo contra Herodes. Como já foi dito, a Bíblia tradução Ecuménica é muito mais precisa, quando diz: Alguns fariseus achegaram-se a ele e lhe disseram a fim de lhe armar uma cilada.
Jesus sabiamente faz uso da palavra de Deus citando Dt. 24:4 que diz que a mulher será contaminada com o segundo casamento (como no caso de Herodes e Herodias). Leiamos o texto: Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lhe dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem, e este também a desprezar, e lhe fizer carta de repúdio, e lhe der na sua mão, e a despedir da sua casa, ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então seu primeiro marido, que a despediu, não poderá tornar a tomá-la, para que seja sua mulher, depois que foi contaminada; pois é abominação perante o Senhor; assim não farás pecar a terra que o Senhor teu Deus te dá por herança.
Então o homem tinha o direto de repudiar a sua mulher se ela fosse infiel. Neste caso ele estava repudiando-a por causa de prostituição da parte dela. Ele não seria culpado de fazê-la cometer o adultério.  Ela já estaria culpada. Porém, não poderia voltar a se casar com ela caso se arrependesse e ela tivesse casado de novo, porque nesse caso ela e ele cometeriam prostituição e seria uma abominação perante o Senhor. E neste caso o homem é culpado também.
Aqui nestes termos se empregaria a lei de Lv 20:10 que diz: Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera.
Quando Jesus cita essa lei estava dando um golpe de mestre nos doutores da lei de sua época. Nós sabemos que ainda foram executados os infratores da lei no tempo de Jesus.  Vejamos: João 8:1-11. Jesus não falou para os fariseus não apedrejarem a mulher pega em adultério, mas disse que aquele que não tivesse pecado jogasse a primeira pedra.  A lei exigia que toda a acusação fosse feita por duas ou três testemunhas do ato. Jesus como homem não era testemunha.  Mais uma vez Jesus está dentro da lei. Quando todos os deixaram, e Jesus estava a sós com a mulher, mostrou que ele como Deus sabia tudo sobre ela. Pois, disse-lhe, vai, e não peques mais.
O plano dos judeus em pegar Jesus mais uma vez cai por terra, porque o Mestre estava dentro da lei quando fez uso de Deuteronômio 24:4.  Dizendo; Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Mt.19:9.ARC. (Como no caso de Herodes e Herodias).

O divórcio no antigo testamento
Divorciar-se não era fácil, pois havia varias formalidades, e somente o homem podia pedir o divorcio. A mulher não tinha tal direito. A Lei de Moisés, apesar de não incentivar o divórcio, dispunha de vários mecanismos para executá-lo. Dt 24.
Apesar de alguns querem tampar o sol com a peneira dizendo que no Antigo Testamento não havia divórcio vemos não só no Pentateuco. Mas, temos lideres como Esdras que não só incentivou o divórcio como fez uso. Em Esdras 10:10-11 o povo é convocado por Esdras para tomar uma atitude de restauração com Deus. Para isso, deveria separar-se, ou seja, divorcia-se de suas esposas estrangeiras. Isso é um fato! Quer queiramos ou não admitir. Esdras ordena a prática do divórcio. Há quem diga que foi porque as mulheres eram estrangeiras. Porém, nesse caso temos dois pesos e duas medidas retratadas aqui.
Segundo esse pensamento o divórcio era permitido pela dureza dos corações dos homens. Já que desde o início, lemos esta informação bíblica: "Pois EU DETESTO O DIVÓRCIO, diz o Senhor Deus de Israel," (Ml.2:16). Deus está dizendo; eu permito. Mas, não quero que isso seja motivo para destruição da célula mater da sociedade que é o casamento.
O termo eu detesto o divórcio em Malaquias não era a consequência de casamentos mistos como no caso de Esdras. Porque, os casamentos mistos realizados por homens judeus é que eram feitos após o divórcio destes com suas mulheres judias. É justamente por isso que Deus censura o divórcio praticado pelos Judeus do tempo de Malaquias e não o divórcio em si. Isso porque, como já vimos, a lei apoiava o divórcio no antigo testamento. Como está escrito: "No tocante ao voto da viúva ou da divorciada, tudo com que se obrigar lhe será válido." Números 30:9.
Os judeus teriam uma boa desculpa para fazerem o que estavam fazendo, visto que o patriarca Abraão havia tomado uma esposa pagã Agar, assim eles os judeus teriam uma boa desculpa para fazerem o mesmo. Porque, o patriarca não só tomou uma esposa não judia como também se divorciou da mesma. Assim sendo, os judeus então também poderiam se divorciar baseados na mesma atitude de Abraão. Colocando em xeque o termo: "Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem."  Mt 19:6.
Há quem discorde, no entanto, surge a questão: Então Abraão poderia deixar sua esposa com filho e manda-la embora? Por quê? Há quem diga que ela era a concubina de Sara. E é fato! Porém, quando ela (Sara) a deu a Abraão ela passou a ser sua esposa também. (Assim tomou Sarai, mulher de Abrão, a Agar egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão seu marido. Gn 16:3). Segunda esposa, mas, era esposa. E mesmo assim Abraão deu a ela o divórcio e a mandou embora. Não seria isso a pratica do divórcio, antes da lei? Como está escrito: Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, pondo-os sobre o seu ombro; também lhe deu o menino e despediu-a; e ela partiu, andando errante no deserto de Berseba. Gn 21:14.
No meu vê a legalização do divórcio não protegeu a mulher, dando o direito a uma nova oportunidade de constituir um lar, pelo contrario fez dela em potencial dos caprichos machistas. Com certeza era isso que Jesus não concordava quando respondeu aos doutores da lei de sua época.

Condições para o divórcio segundo a Bíblia
Como já foi dito, o plano de Deus para casamento é que ele seja uma instituição que dure para vida toda. Em todo caso o homem violou a vontade de Deus e devido ao livre arbítrio e aos sofrimentos impostos as mulheres, foi regulamentada uma prática que o povo já exercia de forma obscena sem qualquer respeito à família e às mulheres.
Jesus sabedor disto usar as sabias palavras dizendo: Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério. Mt 5:32. Nesse versículo a cláusula de exceção fica transparente pelo uso que Jesus faz da expressão grega parektòs — cujo significado é: “exceto; com a exceção de” que implica em condições para o divórcio. Assim sendo, podemos afirmar que divórcio não tendo como motivo a infidelidade é pecado. Sendo pecado deve ser tratado como tal, pouco importa quem seja o homem ou a mulher que praticaram o mesmo. Mas temos que nos lembrar de que todos os pecados podem ser perdoados, com exceção da blasfêmia contra o Espirito Santo que é um pecado imperdoável.
Temos que ter mente que Mateus escreve seu evangelho para os judeus, toma o cuidado de mencionar a condição do divórcio para que não pareça que houvesse uma contradição entre Moisés e Jesus. A cláusula de exceção na verdade tenta responder a uma pratica que existia muito antes de Moisés que regulamentou essa pratica.
A grande questão até o dia de hoje é se são permitidos ao homem ou à mulher divorciar-se e casar-se novamente? E se Deus aprova que alguém se case com um a pessoa divorciada?
Nos dias de hoje a condição para o divórcio que foi estabelecido por Moisés, as igrejas atuais demoraram a aderirem. Mas atualmente já estão aderindo. E há movimentos que ainda não aderiram. Jesus Cristo ensinou que devido à grande gravidade da infidelidade conjugal, o cônjuge traído tem o direito de se divorciar. Divorciando, ele (a), pode casar novamente. Mt 5:32; 19:4–9. Lembrando, que biblicamente, as coisas ficam muito complicadas para o traidor. Mt 19:9.
A segunda condição para o divórcio: Quanto a esta segunda condição para o divórcio, pelo que conheço as igrejas ainda não estão aderindo, a mesma. A pesar de que, muitos estão se divorciando e casando novamente por tantos outros problemas, os quais não são ordenados pela Bíblia, para o divórcio. Conforme ensinou o apóstolo Paulo, que quando um casal for composto por duas profissões de fé, ou melhor, um cônjuge for cristão e outro não. E aquele que não for cristão, não querer continuar mais vivendo com o cristão, devido a sua decisão de seguir a Cristo; que o cristão pode aceitar a separação e estará livremente. 1Co 7:13–16.
A Separação, não tendo motivos como esses, os quais Cristo e Paulo enfatizaram. Mas, porém, se o casal não queira a continuar vivendo juntos: que se separem, mas não case com outro (a), que vivem sós, ou caso contrario, que se reconcilie com o mesmo cônjuge. 1Co7:10–11. É o que recomenda o Apostolo Paulo.
Não conformadas algumas pessoas empregam Romanos 7.1-3 para respaldar uma posição contrária ao divórcio e ao novo casamento. Afirmam que o que traiu e o que foi traído estão ligados até a morte. Porém, quando analisamos o texto juntamente com o seu contexto veremos que tal entendimento é falso e produto de mente fechada para o que de fato diz a bíblia neste texto. Porque, o objetivo principal do apóstolo Paulo no texto em questão era mostrar, especificamente aos judeus, a diferença entre a antiga e a nova aliança.
Vemos isso quando analisamos esse texto paulino, cuidadosamente, sublinhando alguns postos-chaves que dizem respeito ao assunto de que estamos tratando veremos o que realmente o texto diz e não o que nós acostumamos a pensar:
Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias. Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus.Romanos 7:1-4.
Notamos que aqui a Bíblia está se referindo a uma mulher casada, e não da mulher divorciada. Significa dizer que embora o divórcio seja uma tragédia, a infidelidade conjugal é um pecado tão cruel contra o cônjuge, que este tem o justo direito de por termo ao casamento mediante divorcio. Neste caso, está livre para casar-se de novo. Mt. 19:9.
Contudo, sempre é bom analisar e contender para que haja perdão e uma reconciliação antes de tomar uma decisão tão traumática para ambos principalmente se houver filhos.
Quem é contra o divórcio e diz que não é bíblico no mínimo vive uma vida complexada sem entender que Deus ama os divorciados e libera perdão a eles. Sendo assim, há perdão, salvação, eternas bênçãos e graça inefável da parte de Deus para eles. É bom Lembrar-se do exemplo de Davi, um adúltero e homicida. Deus o perdoou e o usou grandiosamente na terra. Davi até é parente de Cristo.
Tenha em mente que Deus rejeita o pecado e também o divórcio. Porém, Deus ama o pecador que se arrepende e também ama o divorciado que se arrepende. O João 3:16 é para todos os que se arrependem.
Às vezes fazemos distinção de pecados que a Bíblia não faz. Muitos são os pastores e irmãos que sofreram influencias destes que colocam o divórcio como um pecado de adultério o que na verdade é um erro. Divórcio não é um pecado é uma solução estabelecida com perdão ou indulgência para aqueles que foram vítimas de um casamento mau sucedido.
Pense um pouco, seria Cristão aceitar em nossa comunhão com menos problema um homicida, ladrão, etc., que um divorciado? É certo colocar um(a) divorciado(a) num nível de caráter mais baixo que aquele que vive fazendo adultério no seu coração como está escrito em Mateus 15:18,19? Se Deus por Cristo perdoou e salvou gloriosamente a mulher Samaritana que tinha cinco maridos, não podemos fazer o mesmo com os divorciados (João 4:18). Afinal, quando somos tomados pelo amor olhamos como Deus olha para o pecador.
Temos que ter em mente que depois do trauma do divórcio as pessoas envolvidas precisam ser tratadas com respeito e dignidade. Afinal, apesar de tudo, sempre é bom lembrar que nem tudo mudou. A Bíblia e Deus não mudaram. O casamento também continua sendo de Deus uma instituição divina, perfeita que é o alicerce da sociedade. O propósito do casamento ainda é para companheirismo mesmo que o pecado do homem tem destituído o casamento da honra e das bênçãos que Deus reserva para aqueles que obedecem.
Há necessidades tanto pessoais e familiares que continuam depois do divórcio e precisam ser analisadas e resolvidas com ajuda da igreja.  O processo de divórcio e tudo que este necessitou não modificaram o que o homem, mulher ou as crianças são (I Cor 7:1,2). Mesmo que exista a possibilidade de ter problemas e cicatrizes nas vidas entre os participantes do processo do divórcio, há soluções Bíblicas para que estes problemas não cresçam e piorem. As soluções Bíblicas não visam ignorar o passado, mas, sim de tratar do que passou para orientar os envolvidos a endireitarem o necessário para poder viver no presente para a glória de Deus.
É justamente devido a esses problemas que todo cristão deve viver em perfeito amor com o seu cônjuge evitando o divórcio, porque a ordem imperativa ainda é não separar o casal como está escrito: agora para aqueles que são casados eu tenho uma ordem, não uma sugestão apenas. E não uma ordem minha, pois isto é que o próprio Senhor disse: a esposa não deve abandonar o seu marido. Entretanto, se ela está separada dele, que permaneça só, ou então volte para ele novamente. E o marido não deve divorciar-se de sua esposa. I Co.7:10-11 B.V.
De tudo, se compreende que o cônjuge que está separado deve permanecer sem casar de novo para evitar certos constrangimentos, como disse Jesus: e outros há que a si mesmo se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus . Mt.19:1 b. AVR. Se porém não há possibilidade de um celibato, a opção é esquecer as mágoas, através do perdão com ajuda do Espírito de Deus, e reconciliar-se com o seu cônjuge. Como isso é possível? Amando! Amando! Amando! O amor cobre tudo. “Erich Fromm disse; ‘‘o amor é um ato de fé, donde, quem for de pouca fé, também terá pouco amor”.
Você talvez pense que não há mais amor, "ele já acabou" é a frase muito comum para aqueles que estão dominados pelo rancor e muita mágoa. Paulo nos diz que: o amor jamais acaba. I Co.13:8. Ele, com toda certeza, está dentro de seu coração lutando para vencer todos estes sentimentos negativos que tomam contar de sua vida. Mesmo que você o tenha expulsado ele de seu coração ele, ainda assim, ficou batendo na porta, pedindo que sua razão tome conta de suas emoções e mostre quanto você está precisando de ajuda.
O livre arbítrio nos é concedido, porém, toda escolha é condicional e nada, absolutamente nada, escapa a essa lei. É com base nisto que a bíblia nos aconselha: Que ames o Senhor, teu Deus, que andes nos seus caminhos e que guardes os seus mandamentos... para que vivas... e o Senhor, teu Deus, te abençoe na terra. Dt.30:16. ARC. Note que essa felicidade está condicionada à disposição de amar a Deus e em guardar seus mandamentos, do contrário sofreremos sérios danos. Isso porque mesmo que o divórcio pode ser apoiado Biblicamente, há responsabilidades com o casamento anterior que continuam mesmo depois o casamento novo.
Como vimos Cristo reconhece somente uma razão válida para o divórcio. A Bíblia diz em Mateus 5:32 "Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério."
O divórcio é permitido porque Jesus não disse que a lei de Moisés era errada. Assim sendo ele admitiu a validade dela quando disse: pela dureza do vosso coração. Significa que apenas relatou o motivo da permissão e não disse que Moisés estava errado ao permitir.
Os que discordam desta concessão faz uso dos escritos de Paulo aos Coríntios que diz: A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor. 1 Co 7:39. Como já foi dito acima, aqui o texto fala da mulher casada e não da mulher divorciada.
Alguns entendem erroneamente que este texto apresenta a indissolubilidade do casamento, aconteça o que acontecer. Mas, para os que possuem perfeito entendimento, basta ler este texto em relação com Mateus 5:32 e 19:9, depois Deuteronômio 24:1, 2 e verificar que Paulo evidentemente está tratando da Lei de Moisés. Uma lei que dada por Deus concedia ao homem o direito de divorciar-se e repudiar a mulher quando quisesse, mas não dava à mulher direito algum. Assim pela lei a mulher só poderia deixar o marido se ele desse a Carta de Divórcio. Sem tal Carta, se ela se casasse com outro homem, seria adúltera. Mas, lendo Deuteronômio 24:1,2 vê-se que se ela tivesse a carta não seria adúltera porque ela passaria a ser uma divorciada.
Para entendermos de maneira o que Jesus no diz no evangelho de Mateus 5:32 e 19:9, muitas vezes, devemos contextualizá-los com o conhecimento do Antigo Testamento, bem como na língua hebraica original em que ele foi escrito, pois Jesus era judeu e estava inserido nesse meio.
Analisaremos os vocábulos repúdio e divórcio utilizados em hebraico e que possuem seus correspondentes no grego do Novo Testamento. Estas palavras gregas foram também utilizadas por Jesus nos Evangelhos. Os significados destes termos estão de acordo com o texto original hebraico da BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA (BHS), traduzidos em português por João Ferreira de Almeida, versão REVISTA E ATUALIZADA, são: hb. shallach Repudiar, gr. apolúo Repudiar (repúdio), hb kerithuth Divórcio gr. apostásion Divórcio. O verbo hebraico shallach que teve sua tradução plena para o português como “repudiar” repúdio. O verbo grego “apolúo”, pelo critério numérico não se sustentou na sua tradução como “divorciar”. Sua sustentação se deu como “repudiar” repúdio, concordando inteiramente com a tradução para o português de João Ferreira de Almeida na versão REVISTA E ATUALIZADA (1996). Decorrente disso, o verbo hebraico shallach repudiar, utilizado no Antigo Testamento, possui seu correspondente no grego do Novo Testamento apolúo repudiar. Finalmente, analisamos a palavra hebraica kerithuth que teve sua tradução para o português, por unanimidade de sentido, como “divórcio”, expressando ainda a ideia de um documento. A palavra grega apostásion teve sua tradução de forma absoluta como divórcio, expressando também a ideia de um documento.  Portanto, a palavra hebraica kerithuth divórcio, utilizada no Antigo Testamento, possui sua correspondente no grego do Novo Testamento como apostásion divórcio. Passaremos agora a tratar da exegese de textos bíblicos, relacionados ao assunto, utilizados por Jesus. No contexto histórico do Novo Testamento, apolúo, no sentido de relacionamento conjugal, significa deixar de lado, mandar embora, “repudiar” e podemos afirmar que não representa tecnicamente divórcio, ou seja, não representa o termo técnico para divórcio. Se um homem repudiasse apolúo sua esposa, sem se incomodar de dar-lhe a carta de divórcio apostásion, ninguém iria se opor a ele, dentro daquela cultura judaica. Muito menos, a pobre mulher repudiada. Mas Jesus contestou e disse: “É mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei. Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério”. Lc 16.17,18. A diferença entre “repudiar” e divorciar no grego apolúo e apostásion é grande. Apolúo apontava que a mulher era escrava, repudiada, sem direitos, sem recursos, roubada nos seus direitos básicos do casamento monogâmico. Apostásion queria dizer que a separação se consumava, podendo haver um novo casamento legal, posteriormente. O papel fazia toda diferença. A mulher que tinha sido mandada embora, poderia se casar novamente com outro homem, como a Lei dizia em Dt 24.2.
Essa era a Lei. Jesus falou ainda: “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de causa de infidelidade, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.” (Mt 5.31,32). Para entendermos essa passagem, como já falamos acima, precisamos compreender bem o termo grego traduzido por “causa de infidelidade”. Este vocábulo citado por Jesus refere-se a palavra porneías, que aponta qualquer relação sexual fora do casamento, ou seja, em que não há envolvimento de pessoas casadas legalmente. Este termo não pode ser confundido com “adultério”, pois a palavra grega exclusiva para isso é “moikeía”. Neste caso específico, Ele se referia a qualquer tipo de promiscuidade praticada. Logo, o que Jesus estava dizendo é que: Qualquer que repudiar sua mulher e não obedecer aos preceitos legais do divórcio, não pode ter o reconhecimento legítimo da dissolução do seu casamento, portanto, expõe sua mulher a tornar-se adúltera, visto que ela, oficialmente, ainda é casada e quem casar com a repudiada comete adultério, pois ela ainda se encontra casada.
Exceto em caso de causa de infidelidade - porneías, ou seja, quando houve envolvimento sexual, sem um casamento formal. Neste caso, se não existiu um casamento legítimo, não há o que se falar em adultério moikeía, pois a união formal não existiu esse relacionamento está na ilicitude. Então nestes casos, o repúdio é naturalmente aceito, sem o cônjuge daquele relacionamento incorrer em adultério, mesmo não havendo uma separação legal. Esta é a exceção citada por Jesus.  Se verificarmos todas as passagens do Novo Testamento, podemos perceber que Jesus não se pronunciou a respeito de divórcio apostásion e novo casamento e deixou em aberto esta questão. A palavra apostásion aparece somente três vezes nos Evangelhos em Mt 5.31; 19.7 e Mc 10.4 e todas estas citações de Jesus estão no tempo passado. Após Jesus dizer Eu, porém, vos digo... nunca aparece a palavra divórcio apostásion.
Portanto, não houve nova orientação sobre esta matéria. Um divórcio apostásion é consequência de um repúdio apolúo. Jesus falou sobre o repúdio, mas a respeito do divórcio, intencionalmente, Ele não se pronunciou. A versão mais antiga da Bíblia em português é a tradução de João Ferreira de Almeida. Em sua versão ARA, sempre usou o verbo repudiar, para todas estas passagens do grego original. Para ilustrarmos a importância do significado correto da tradução destas palavras, utilizaremos o texto do Evangelho de Marcos.
Tendo em vista que no contexto do Novo Testamento existia uma disparidade muito grande entre o homem a mulher na área conjugal. Jesus exigiu que fosse cumprida a Lei e estabeleceu os mesmos direitos para ambos. Jesus disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. (Mc 10.11).  Neste caso, o pecado de adultério recaía sobre os homens, que na prática não aceitavam ser inclusos como adúlteros, por praticarem o repúdio apolúo sem expedir a carta de divórcio apostásion e contraírem, mesmo assim, novos casamentos. Jesus inseriu, neste episódio, todos os homens, que fossem encontrados nestas condições, a tornarem-se réus de adultério, tanto quanto a mulher já o era. Pois, Jesus sempre teve como padrão a justiça e a igualdade entre o homem e a mulher.
Os discípulos, que eram judeus na, religião e culturalmente possuíam este mesmo pensamento, ficaram estarrecidos e reagiram a essas declarações de Jesus e disseram-lhe: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar. Mt 19.10. A Carta de Divórcio dos Judeus na Família de Jesus? Quantos de nós já paramos para considerar que José, pai adotivo, de Jesus, ia se divorciar de Maria? Eis o que diz a Escritura: Mas José, seu esposo, sendo justo e não querendo a infamar, resolveu deixá-la secretamente.Mt 1:19. Ora, o que tornava José justo? A atitude do coração de José era justa. Ele não desejava infamar a pessoa de Maria, pois pensou que ela havia sido infiel, contudo não desejava vê-la apedrejada. Ora, se José, deixa-se Maria, seguindo a lei, seria considerado um homem justo em Mt 1:19, por que em Mateus 5:32 e 19:9, deixar a mulher por motivo justo adultério, por exemplo seria uma atitude injusta? Eis aqui uma questão que os pregadores da indissolubilidade do casamento terão muita dificuldade de explicar. Temos que entender que, pelo relato de Mateus 1:18-25 e Lucas 1:26-38, José só acreditou que Maria, sua mulher, estava grávida pelo Espírito de Deus porque um anjo do Senhor lhe apareceu e confirmou isto. Caso não houvesse esta intervenção sobrenatural, ele consideraria a sua mulher uma adúltera. Isto o tornava justo repudiá-la secretamente para que ela não fosse considerada uma prostituta. Ou seja, ele diria que ela era sua mulher, só que não ficaria morando com ela como os casados normalmente agem. E é claro que se ela aparecesse grávida, mas não estivesse sob sua guarda, explicações seria solicitado, o que acarretaria no apedrejamento de Maria. Isto prova que o divórcio não era nos dias de Jesus uma coisa errada. Ao contrário, por ser determinado pela Lei de Moisés, quem lhe obedecia aos ditames era chamado de justo.

Divorciados podem ser Pastores
Os que não concordam com o ministério de pastor divorciado fazem uso de 1 Timóteo 3:2 fazendo uso do termo esposo de uma só mulher.
Como está escrito: Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; - 1Ti 3:2 (ACF).
O que não sabem ou talvez não queiram aceitar os intolerantes é que nessa passagem o Apostolo está se referindo que um polígamo não é qualificado para ser um pastor, presbítero, ou diácono. Essa é a interpretação mais literal da frase. Isso porque a poligamia sempre foi comum e é até hoje. Claro que os intolerantes afirmam que a poligamia era bem rara durante na época que Paulo estava escrevendo. Contudo, sabemos que esse conceito e falho porque até nos dias de hoje a poligamia e comum no oriente médio.
Inconformados alguns fazem uso da carta de Paulo a Tito que diz: Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; - 1Ti 4:1 e 2 (ACF).
Porém, quer queiramos ou não essa passagem que diz: Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar. Também pode ser traduzida como “homem de uma mulher só”. Isso indicaria que um bispo deve ser completamente leal à mulher com quem é casado. ASSIM SENDO, a interpretação se focaliza mais em pureza moral do que em estado civil. Quem não concorda afirma dizendo que um homem só pode ter sido casado uma vez, com exceção do caso de um viúvo que se casou de novo para isso eles citam: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. - Tit 1:6 (ACF). Para eles mesmo que marido de uma só mulher se refira monogamia o Pastor pode ser acusado de dissolução que nesse caso é o divórcio. Porém a questão é que dissolução aqui neste verso referisse à depravação de costumes, devassidão e libertinagem que nada tem haver com divórcio.
É devido a isso que a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) decidiu, em plenária durante a 40ª Assembleia Geral Ordinária, que o pastor da denominação que foi traído e se separou judicialmente poderá se casar de novo e continuar exercendo o ministério. A decisão, segundo a mesa diretora da Convenção, tem fundamentação bíblica.  Para a referida convenção “O ministro vítima de infidelidade conjugal… poderá contrair novas núpcias, respeitados os princípios bíblicos, que norteiam a união conjugal”, conforme estabeleceu o Senhor, em Mateus 5.31-32 e 19.9 Também foi dito: Qualquer que deixar sua mulher dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.  Baseados nestes termos os Pastores concluíram que o Pastor traído pode continuar seu ministério SEM TER DO QUE SE ENVERGONHA.
Enfim, temos que ter em mente que se há perdão para o adultero, como está escrito: Então os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério; e pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? Isto os diziam, tentando-o, para terem de que o acusar. Jesus, porém, inclinando-se, começou a escrever no chão com o dedo. Mas, como insistissem em perguntar-lhe, ergueu-se e disse-lhes: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra. E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. Quando ouviram isto foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé. Então, erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém senão a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu te condeno; vai-te, e não peques mais.
Com certeza cabe aqui, a questão sobre qual o pecado que não tem perdão? Leiamos: Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias que proferirem; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, mas será réu de pecado eterno. (Mc.3:28-29). O Senhor Jesus, no texto acima, nos mostra que quando a pessoa fala mal de uma obra, sabendo que é de Deus e a imputa como sendo do Diabo, cometendo conscientemente, então essa atitude é o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo, esse sim, não tem perdão.
Se há perdão para o adultero, imagine um homem ou mulher que passou a vida pregando, se dedicou sua vida ajudar outros e abriu mão de muita coisa para estabelecer a igreja que depois de consolidada o diabo derruba seu cônjuge e esse não quer voltar de forma alguma. Então o Pastor (a) que foi abandonado (a), traido (a) tem que abandonar a igreja e seu ministério? Não seria isso, fazer a vontade do diabo que derrubou seu cônjuge com intenção de destruir o seu ministério?

Continua...

SHALOM ADONAY


JOSÉ ALFINYAHU
Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistematica.


Declaração de Direitos Autorais

O conteúdo em nosso site é produzido por Escola Teológica para Profetas, e pertence por direito ao autor, publicador e/ETP.org. Se você gostou desse artigo, encorajamos você a distribuí-lo, desde que concorde com a política de copyright de ETP.org. e inclua essa nota.



CURSO FORMAÇÃO TEOLÓGICA

Ajudar comprando nossos cursos

Adquirindo nos cursos você já contribui para continuação desse trabalho de divulgação da palavra de Deus e manutenção de nossos projetos sociais que visa reintegrar na sociedade aqueles que estão excluídos pela extrema pobreza.  

       Nossos Cursos foram desenvolvidos através do Moderno Método de Ensino Open University, Utilizado nas mais conceituadas universidades internacionais, onde os alunos estudam as matérias conforme sua necessidade, prioridade e disponibilidade.

             O Curso é GRÁTIS, sem mensalidades, você paga apenas uma TAXA de manutenção é pode parcelar no cartão de 10 vezes sem juros. Assim, que recebemos a notificação do seu pagamento enviaremos o curso completo, junto com a ficha de inscrição. O material chega pra você de imediato no seu Email. O acompanhamento será pela internet, tiraremos todas suas dúvidas.







DOAÇÃO VIA INTERNET

Caso queira fazer doação de qualquer valor para nos ajudar, via internet, utilizando cartões de crédito, débito o boleto bancário, clique no botão de “doação” abaixo. Utilizamos os serviços do PagSeguro Uol. É rápido e seguro.

AO DOAR GANHE UM BRINDE

         OBRIGADO por Ajudar nosso TRABALHO Social. SUA DOAÇÃO ajudará MUITAS PESSOAS SEREM Alcançadas e SOCORRIDAS. Ao DOAR qualquer valor VOCÊ GANHA TOTALMENTE GRÁTIS à ENCICLOPÉDIA DE BÍBLIA, TEOLOGIA E FILOSOFIA: 
6 VOLUMES de Russell Norman Champlin. Em mídia digital
Que enviaremos para seu E-mail assim que com firmamos sua doação.


PARTICIPE e GANHE!

PARA CONTRIBUIR COM QUALQUER VALOR CLIQUE EM DOAR 
AQUI EM BAIXO