Assembléia de Deus Missão Brasil: março 2018

segunda-feira, 19 de março de 2018

A CEIA E O BATISMO PARA PESSOAS AMASIADAS


A CEIA E O BATISMO PARA PESSOAS AMASIADAS
A CEIA E O BATISMO PARA PESSOAS AMASIADAS
Não há no Novo Testamento nenhuma exigência para o batismo nas águas ou a ceia relacionada a "contratos ou certidões de casamento", aliás, as únicas exigências são arrependimento, fé, consciência e vontade (Mc 16.16; At 2.38-41; 8. 36-37). A história e a Bíblia (Mt 15.3) nos revelam os riscos de se colocar a "tradição" acima da Palavra de Deus promovendo com isto a injustiça.
É no mínimo contraditório o fato de se negar o batismo nas águas para os crentes que participam ativamente da vida na igreja, contribuem com seus dízimos, dão ofertas, evangelizam, fazem parte dos órgãos de cântico, alguns são líderes, ensinam na escola dominical, e são batizados com o Espírito Santo. Só não podem assumir funções "oficiais" e participarem da Santa Ceia.
O fato de algumas pessoas chegarem à Igreja vivendo em uma união estável com alguém não impede, em hipótese alguma, que a pessoa faça uma aliança com Deus, uma vez que essa é uma decisão pessoal, que se dá acompanhada de um desejo sincero de segui-Lo. Nesse caso, como o casal já vivia como marido e mulher antes de conhecer o Senhor Jesus, não é fornicação, muito menos prostituição.  
O que temos no Gênesis a respeito do primeiro casamento é algo de mais elevado. Deus instituiu o casamento e realizou, pessoalmente, a primeira cerimônia. Porém, podemos notar que Deus deu sua benção para o primeiro casal. Mas, não havia um papel ou um registro que Adão pudesse mostrar para as futuras gerações, o que observamos é que havia uma união estável entre Adão e Eva. Porque, não lemos em nenhum dos versos bíblicos que Deus tivesse dado um papel para eles como registro de casamento. 
O que podemos dizer é que Deus institui o casamento como uma união estável e com tempo interminável, ou seja, o casamento entre o homem e sua mulher é para vida toda, tendo como sua principal exigência a fidelidade de ambos. 
Nas cidades gregas e muitas cidades do mundo antigo, o casamento era realizado apenas com os votos e estes eram apenas de prosperidade e fertilidade para os recém-casados, não existia um registro ou carta de casamento. O divorcio da mesma forma, se o homem desejasse devolver a esposa à casa dos pais, teria que fazer com o respectivo dote. Essa era a forma dos gregos e de muitas nações do mundo antigo. Somente depois de muitos anos é que se começou a usar o documento devido as guerras e raptos de esposas. Antes disso o casamento, apesar de sagrado, era apenas uma instituição de união estável entre homem e uma mulher.

PADRÃO BÍBLICO
A grande verdade é que a Santa Ceia foi instituída por Jesus (Mt 26.17-28; Mc 14.12- 24; Lc 22.7-20), como a primeira ordenança de Cristo: O Batismo (Mt 28.19; Mc 16.15-16). A segunda ordenança: A Santa Ceia; Mt 26.26-28; Lc 22.19-20. Para o cristianismo estas duas cerimônias são sagradas. E isto é um fato, como já estudamos a Ceia do Senhor tem alguns paralelos com outras religiões e suas tradições como o judaísmo; Páscoa judaica. O Senhor Jesus ao instituir a Santa Ceia o fez bem na época da páscoa. A Ceia do Senhor só deve ser servida aos crentes fiéis, ou seja, aos crentes em plena comunhão com Deus e com a igreja.
O batismo nas águas tem único objetivo, o arrependimento dos pecados, como está escrito: apareceu João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados. Mc.1.4. A palavra “arrependimento” significa “largar o pecado”, “dar meia volta”. Uma pessoa que deseja se batizar deve está sinceramente “arrependida” de seus pecados. Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados. At.2.38.
Segundo nossas pesquisas uma pessoa amasiada tem duas opções para se batizar: arrepende-se do seu pecado e casar para legalização de seu casamento para assim evitar escândalo para igreja. Afinal, para as pessoas do mundo e para muitos irmãos e até pastores, uma pessoa amasiada, é uma pessoa que está em fornicação.
E para justificar seu pensamento citam Hb.13.4 que diz: O matrimônio seja honrado por todos, e o leito conjugal, sem mancha; porque Deus julgará os fornicadores e os adúlteros. Nas versões: ARA diz “impuros”, ARC/ACF “prostituição”, BLH/NVI “imorais”, AEC “devassos”. Todas estas palavras são traduções da palavra grega “pornos”: Relação sexual ilícita, fornicação, sexo fora do casamento. Não irei fazer uma hermenêutica ou exegese dos termos porque, já estudamos esse assunto em meu estudo sobre o casamento.  

O casamento é uma instituição divina, Deus quando formou o primeiro casal Ele os uniu em uma aliança (Gn.2.18-24). O sacerdote foi o próprio Deus (Gn.1.27,28). Essa “aliança” vem sendo celebrada em todos os tempos por sacerdotes, juízes ou pessoa de autoridade constituída. O casamento é a união legítima de homem e mulher. Seja celebrado civil, religioso, ambos estão submisso à autoridade constituída por Deus: Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Rm.13.1.

Antes de julgamos um casal por não ter um registro de casamento temos que primeiro se considerarmos que os amasiados não são solteiros, assim sendo, não podem praticar a fornicação. E segundo, eles são amparados pela lei de nosso País que diz: Eles vivem uma união estável e não são solteiros segundo a lei.
Diante deste fato e partindo do Direito Tributário, o Estado acabou por reconhecer através da Constituição de 1988 em seu art. 226 parágrafo 3°, a união estável entre homem e mulher como entidade familiar, caracterizada pela convivência pública, contínua e duradoura com o objetivo de constituir família. Tal artigo foi regulamentado pela Lei 9.278 de 10 de Maio de 1996 e pelo novo Código Civil de 10.01.2002 em seu art. 1723. O Estado com isso corrigiu um erro e uma injustiça, retomando o principio dos primórdios da sociedade onde "o fato do casamento era por si reconhecido e satisfatório. Tais mudanças nas leis do país, não quebraram nenhum principio bíblico referente a vida conjugal entre homem e mulher, ao contrário, consolidaram o referente princípio.
A bíblia nos manda ser obediente as autoridades, como está escrito: Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Romanos 13:1.

Assim sendo, como fica a questão dos amasiados na igreja que vivem uma união estável. No meu ponto de vista devemos analisar a questão dos amasiados com muita cautela para não sacrificar nem o lado dos que são casados e nem o lado dos que vivem uma união estável e nem o da igreja como um todo. 
Como toda regra tem sua exerção. Necessário se faz excluir do caso de união estável os namorados que não vivem juntos e não constituíram uma família, apenas namoram, porque esses praticam neste caso fornicação. Assim sendo, todos não só os namorados precisam casar para regularizar sua situação com Deus e a igreja para evitar o escândalo.

EVITE O ESCÂNDALO
Na minha opinião o fato de ser preciso um casamento entre as pessoas para poderem tomarem ceia e participarem das liturgias da igrejas é necessário para se evitar o escândalo para a igreja e ao evangelho de Jesus, como está escrito: É inevitável que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem. Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos. Lucas 17:1-2.
A palavra grega skándalon que significa armadilha, é como se um passarinho que veio pousar onde havia um skándalon, pois com o seu movimento deslocaria o gatilho e ficaria preso na arapuca. Para o pássaro foi um escândalo (uma isca), isto é, o seu gatilho de captura ou de morte. É por isso que Jesus diz: ai daquele por quem vier o escândalo. Porque, o que causa é a morte dos outros.  
Esta palavra acha-se 15 vezes no Novo Testamento, em forma de substantivo e 30 vezes como verbo. Em termos de substantivo a maioria das vezes a tradução é, ‘escândalo(s)’, umas quatro vezes como ‘tropeço’, uma vez como ‘ofensa’ e outra ainda como ‘ciladas.’

Esta palavra é usada umas dez vezes para descrever aquilo que causa em outro, ser escandalizado (Mateus 13:41; 16:23; 18:7; Lucas 17:1; Romanos 11:9, 14:13, 16:17; 1 João 2:10 e Apocalipse 2:14). Três vezes usa-se em torno de Cristo ou Sua obra salvífica, por isso um escândalo para muitos Romanos 9:33, 1 Coríntios 1:23 e Gálatas 5:11. Cristo caracterizou Pedro como um tropeço na ocasião em que disse ‘Senhor, isso de modo algum te acontecerá’ (falando da morte de Jesus) (Mateus 16:23). Paulo aproveitou esta palavra para indicar aqueles que promoveram a doutrina alheia (Romanos 16:17).

Somos livres para não pecar. Todas as coisas são puras, lícitas, mas, nem todas devem ser praticadas. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. 1 Coríntios 6:12. Desse modo, o que é permitido, se causar algum escândalo, deve ser evitado. Seu testemunho de vida cristã precisa ser maior do que qualquer prazer que possa usufruir.
A luz da consciência cristã, formada pela presença do Espírito Santo na vida de cada crente e da Igreja. Se a decisão não dá paz interior a todos os membros da Igreja; se não há um consenso geral da Igreja, é melhor repensar antes de fazer algo que venha produzir escândalo.
Temos que ter cuidado para que os fracos não sejam expostos à extensão da liberdade que alguns querem ter em Cristo. Isso vale para todas as coisas, porém, especialmente, para as espirituais e as ordenanças de Jesus para igreja. O melhor é lutar com o Senhor para que Ele fortaleça aqueles que, no momento, estão fracos na fé. Com o passar do tempo, tendo-se fortificado, essa pessoa já não será mais um impedimento, no entanto, que fique bem claro que sua liberdade em Deus jamais será uma licença para pecar ou fazer alguém pecar.

A Igreja de Cristo é de natureza espiritual. Ela trabalha, antes de tudo, com valores e objetivos espirituais e eternos, pois é a agência do Reino de Deus na terra, enquanto Cristo não volta.
Assim sendo, a igreja deve estabelecer para si normas de conduta diante da sociedade. Quando Jesus disse que a nossa luz deve resplandecer diante dos homens, para que vejam as nossas boas obras e glorifiquem a nosso Pai que está nos Céus (Mt 5.13-16), ele estava dizendo que a Igreja deveria projetar um testemunho aceitável, louvável. A ideia do sal da terra e da luz do mundo, por outro lado, mostra que a Igreja deve formar normas corretas e padrões dignos de uma consciência limpa perante Deus e o mundo. 

PADRÃO DA CONSCIÊNCIA
Ora, Deus retribui ao homem de acordo com o que este faz, e lhe dá o que a sua conduta mereceJó 34:11.
A Bíblia diz que é a própria pessoa quem deve decidir se participa ou não da Ceia do Senhor. Ela deve examinar-se a si mesma e resolver à luz desse autoexame. 1Co 11.23ss. Não creio que o pastor ou outro homem tenha autoridade para proibir alguém de assentar-se à Mesa do Senhor, até porque as consequências por participar indevidamente são muito ruins, mas para a própria pessoa, não para o pastor.
A Bíblia é clara em dizer que, depois que a pessoa examinar-se interiormente, poderá participar da cerimônia; portanto, o “comer ou beber indigentemente” é comer sem examinar-se interiormente, reconhecendo que é um pecador e que está verdadeiramente arrependido.
Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; Romanos 2:14,15.
A grande dificuldade para se administrar esse caso de consciência, em verdade não está naquilo que a Bíblia afirma, mas naquilo que a religiosidade pensa que a Bíblia afirma. Conceitos como prostituição, fornicação e adultério tradicionalmente vêm sendo muito mal aplicados para justificar proibições arbitrárias e julgamentos que só cabem no arcabouço de regras humanas, herdadas do catolicismo romano e que ainda assombram a falsa moralidade de muitos cristãos. Nem todo casal não casado é fornicário, prostituição é um ato de venda do corpo e adultério só existe onde há infidelidade conjugal. Qualquer situação que não configure exatamente estes conceitos não pode receber este tipo de julgamento.
Porém, para se evitar escândalos ao Nome de Jesus o casal dever se casar e participar de todas as atividades da igreja. Se, todavia, o casal for crente e um dos cônjuges deseja casar e o outro não, as proibições se aplicam apenas na parte rebelde e as liberações são franqueadas à parte obediente à Palavra. Porque, a pessoa que deseja casar com certeza tem sua consciência limpa diante de Deus.
A grande marca que vemos na vida de cristãos verdadeiros é o desejo de mudar aspectos de suas vidas que não agradam a Deus e que foram contraídos quando ainda não conheciam a Cristo. Inclusive, isso é muito ensinado na Bíblia: “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”. Efésios 5:8. Quando essas mudanças dependem exclusivamente de nós mesmos creio que tenhamos uma responsabilidade maior de lutarmos contra o que está errado e implantar aquilo que é correto e de acordo com a vontade de Deus. Mas nem sempre é assim. E no caso de um casal amasiado, onde um se converteu e o outro não? Nem que tudo de errado que possa haver nesse casamento é responsabilidade da parte que é cristã. Como está escrito: Cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus. Romanos 14:12.
Sendo desta forma, as ordenanças referentes ao batismo e ceia podem ser aplicadas ao nível de consciência de cada um. Por isso procuro sempre conservar minha consciência limpa diante de Deus e dos homens. Atos 24:16.

DÍZIMOS E OFERTAS
Nestes casos o pastor deve também julgar justo, se a consciência dos amasiados não os deixarem contribuir com dízimos e ofertas. Afinal, eles têm algo que os impedem por serem amasiados. Assim sendo, cabe ao pastor lutar para ajudar o casal a se regularizarem o mais rápido possível.
Deverá a igreja aceitar alguém que está vivendo numa relação de união estável, esperando que ele mais tarde decida corrigir seu erro? Se a resposta a essa pergunta é não.
Porque, a igreja que pertence a Cristo é um corpo de pessoas tiradas do mundo para serem santos. 1Coríntios 1:2. E que os verdadeiros cristãos não podem manter comunhão com aqueles que continuam na impureza do pecado. 1Coríntios 5:9-13; 2 Coríntios 6:14-7:1.
Quem vive em união estável devem o mais rápido consertar sua vida conjugal, para poderem participa das ordenanças do batismo e da santa ceia.
E como para igreja eles não são aptos para comungar é justo também que a igreja os liberem da contribuição dos dízimos e ofertas.
Afinal, para a igreja eles precisam mudar de vida para serem batizados e também participem da santa ceia.
Este é o dever da igreja para que ela não caia no pecado de dois peso e duas medidas, como está escrito: Não carregueis convosco dois pesos, um pesado e o outro leve, nem tenhais à mão duas medidas, uma longa e uma curta. Usai apenas um peso, um peso honesto e franco, e uma medida, uma medida honesta e franca, para que vivais longamente na terra que Deus vosso Senhor vos deu. Pesos desonestos e medidas desonestas são uma abominação para Deus vosso Senhor. Deuteronômio 25:13-16.
Afinal, Ter dois pesos e duas medidas é objeto de abominação para o Senhor. Provérbios 20:10.

O batismo assim como a Santa Ceia é ordenança do Senhor para todos os que creem, sem condições. E por ser ordenança de Deus, nenhum pastor tem o direito de impedir alguém de obedecê-lo. O batismo é exatamente uma declaração pessoal de quem se reconhece pecador e deseja uma mudança total em sua vida. Por isso, se batiza, morrendo para o mundo e ressuscitando em Cristo Jesus e a ceia é a comunhão com o corpo de Jesus Cristo.

AS ORDENANÇAS
Não há na Bíblia um versículo específico que estabelece uma lista de quem pode e quem não pode tomar a Santa Ceia. Por isso algumas pessoas precipitadamente defendem que a Ceia do Senhor deve ser servida para todas as pessoas, independentemente de serem cristãs ou não. Na verdade esse tipo de posição tem se tornado cada vez mais comum em alguns círculos evangélicos.
Normalmente quem pensa assim argumenta que a Ceia é do Senhor, e, portanto, não podemos privar um pecador incrédulo de participar dela. Os defensores desse tipo de interpretação até sugerem que, sob esse aspecto, a Ceia do Senhor serve como um tipo de evangelização.

Mas esse tipo de interpretação é equivocada e perigosa. Apesar de algumas pessoas pensarem o contrário, a Bíblia fornece algumas diretrizes importantes sobre quem pode participar da Santa Ceia.
A Santa Ceia é uma ordenança do próprio Cristo a sua Igreja. Na noite em que nosso Senhor instituiu o sacramento da Ceia, Ele pegou o pão, o abençoou e disse: Isto é o meu corpo oferecido em favor de vós; fazei isto em memória de mim. Lucas 22:19. Depois, tomando o cálice, Ele deu graças e disse: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós. Lucas 22:20.
Tudo isso significa que no momento em que a Ceia é celebrada, a Igreja está reunida em comunhão para celebrar a obra redentora de Cristo. Os elementos que fazem parte dessa ordenança simbolizam a carne e o sangue de Cristo. Além disso, Jesus foi claro ao dizer: “Fazei isto em memória de mim”.

Isso implica na verdade de que a Ceia do Senhor é muito mais do que um mero memorial. Ela não é uma simples lembrança. O próprio Cristo, espiritualmente através do Espírito Santo, é o anfitrião dessa celebração. Ele se oferece como alimento de seu povo. Ao participar da Ceia, o redimido se alimenta espiritualmente de Cristo. Certamente isso indica que só pode tomar a Santa Ceia quem realmente é capaz de participar dela discernindo exatamente o que ela significa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Existem alguns casos que precisam ser levados pra a apreciação do ministério tais como, uma cristão fiel que a muitos anos serve a Deus ,mas o seu cônjuge não se converte e não aceita se casar legalmente, são casos que precisam de uma atenção especial. Outro caso é quando um dos parceiros sofre um acidente ou são inválidos e tantos outros casos que precisam ser analisados pela igreja
O batismo na igreja tornou-se uma ferramenta de acesso a comunhão com o corpo, principalmente para a ceia do senhor, e o ministério, é necessário que o batismo seja levado a sério, o novo convertido precisa saber o significado disso, e outra coisa que precisa ser levado em conta é a questão do pecado e da legalidade, se eu aceito batizar sem se casar, não posso pregar contra quem dirige um carro sem carteira, contra os jovens que transam antes de casar,
Perdemos a autoridade, porque muitos pensam; qual a diferença de quem é amasiado e pra um jovem que transa antes de se casar é praticamente nenhuma, sobre o ponto de vista dos que transam sem ser casados a igreja comete uma injustiça com eles.
Assim sendo, no caso da União Estável ou de Amasiados, há duas situações a serem consideradas:
1) Quando os Cônjuges são Livres e desimpedidos. Neste caso, para ligar-se à Igreja, podem perfeitamente formalizar o casamento.
2) Quando um ou os dois ainda são casados com outro cônjuges. Neste caso existe o adultério. No caso, o cônjuge ou ambos devem provocar o divórcio, que é o expediente legal, para que possam outra vez se casar. A Igreja deve esperar que o procedimento se cumprisse. É evidente que surgem problemas de custos do procedimento do divórcio e do casamento, mas vale a pena esperar. Se a Igreja aceita o divórcio como um expediente válido, não há maiores problemas para resolver o problema da união estável. Evidentemente, o divórcio é outro problema a ser estudado. 


O casamento formal reconhecido é uma conquista da sociedade e dos padrões elevados para o ser humano, por causa das suas implicações sociais e jurídicas, o que interessa à Igreja. Portanto, a Igreja deve valorizá-lo e dignificá-lo, como está escrito: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Filipenses 4:8.
Todo casamento, que é a união civil, é formalizado por meio de uma celebração feita por um juiz de paz ou de direito, gerando uma certidão de casamento. Já a união estável se constitui a partir do momento em que duas pessoas passam a conviver juntas por opção; sem impedimento para a realização do matrimônio, de maneira pública, contínua e duradoura, com o intuito de constituir uma família. 
Jesus pela cruz deu Poder da Igreja de ligar e desligar. Mateus 16.18 confirma isso, quando diz: tudo o que ligares na terra, terá sido ligado, e tudo o que desligares, terá sido desligado, pode favorecer certas decisões não especificadas pela Bíblia. Neste caso, uma Igreja pode tomar a decisão de aceitar um casal amasiado e isto será feito. Só que a Igreja deve estar consciente de que a decisão foi tomada primeiramente por Deus e para Deus.

CONTINUA...

SHALOM ADONAY

José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.

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domingo, 18 de março de 2018

A DOUTRINA DA SANTA CEIA

A DOUTRINA DA SANTA CEIA
A DOUTRINA DA SANTA CEIA
Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto, em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque , todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. 1 Co 11:23-26:

A grande verdade é que rios de sangue foram derramados tanto por mãos protestantes como católicas por causa de intrincadas doutrinas relacionadas à Ceia do Senhor.
Jesus ao instituir suas doutrinas tinha a intenção de comunhão, o homem através de suas incompreensão das doutrinas Cristã tem causado dissensões e intrigas na igreja.  
Estes termos Batismo e Ceia, são usados para expressar as duas observâncias (Batismo em Água e a Santa Ceia) da Igreja Cristo. A palavra «sacramento» e a palavra «ordenança». O termo «ordenança» se deriva do latim ordo, que significa «uma fileira», «uma ordem». A palavra «ordenança» esta relacionada ao Batismo em água e a Ceia do Senhor Jesus. Sugerindo que essas cerimônias sagradas foram instituídas por mandamento, ou ordem de Cristo. Ele ordenou que fossem observadas pela Sua Igreja. Mat 28.19,20; 1 Cor 11.26.

A ORIGEM DO TERMO
A palavra «ceia» é no latim coena, que significa «refeição noturna», ou seja, refeição que se come à noite, depois do jantar, em geral a última do dia. A origem da ceia é religiosa. Entre os gregos antigos, a ceia se realizava em banquetes públicos, comemorativos das grandes festas, quando então, começava com um sacrifício; podia também ser realizada particularmente. Mais tarde, dos costumes antigos, permaneceram apenas as invocações e libações, e a cerimônia da ablução dos pés e mãos. A ceia, geralmente se realizava depois do pôr-do-sol e, entre os gregos e romanos, do Império, nas comemorações das grandes datas, começava às primeiras horas da noite, quando ia até ao amanhecer. Foi durante a Última Ceia Pascal que, Jesus escolheu dois elementos da ceia pascal o vinho e o pão para simbolizar seu sacrifício e instituiu uma outra Ceia, chamada de «Ceia do Senhor [Jesus]» (Mat 26.17-28; 1Cor 11.20), ou «Mesa do Senhor [Jesus]» (1Cor 10.21). Agostinho costumava chamar a Ceia do Senhor Jesus de «a mesa de Cristo», ou então «a grande mesa».
A ceia Cristã e diferente, porque, o cordeiro e Jesus e não mais um animal.

ORIGEM DA CEIA
Para quem pensa que a santa ceia e ceia da páscoa começaram no povo Judeu está completamente errado. Porque, antes mesmo da existência do povo Judeu já existia a ceia religiosa conhecida como a ceia dos deuses onde o religioso acreditava que se alimentava de um deus para obter poderes divinos.
O termo para essa ceia no grego é teogagia que vem do grego antigo Theos fagein, sinificando comer ou se alimentar de deus. Esse ritual religioso que consiste no consumo de um alimento considerado divino, de acordo com a identificação simbólica com a própria divindade.
A teogagia era a prática de comer o corpo de um deus. Isso às vezes é realizado simbolicamente através da ingestão de um alimento ou material simbólico do deus. Nos rituais de fertilidade, o grão colhido pode ser ele próprio o deus renascer da vegetação. Esta prática tem origem em muitas religiões antigas. Dionísio e muitos exemplos são documentados em The Golden Bough por Sir James George Frazer (1854-1941).
O podemos dizer é que tal pratica começou no jardim do Edem onde Abel sacrificou a Deus um cordeiro e Caim pensando que seu irmão além de receber os favores de Deus também receberia poderes, com inveja o matou. Gênesis 4:4. Foi deste ato de Abel que surgiu a teogagia e não a santa ceia desta pratica.

A INSTITUIÇÃO DA SANTA CEIA DO SENHOR
A Igreja de Jesus Cristo tem como dever e obrigação em dar prosseguimento às «ordenanças» ou ritos «sacramentais». Tendo em vista; a sua instituição por Cristo, Sua ordem expressa relativa a sua continuação e, seu uso essencial como símbolos dos atos divinos, que são partes integrantes na revelação do Evangelho. Tais sacramentos ou ordenanças estão ligados com a circuncisão e com a Páscoa judaica, os ritos obrigatórios do A.T. (Gên 17.12; Êx 12.14,24; Lev 12.3; Jos 5.4,10; Luc 1.59; 2.21; Col 2.11,12; 1 Cor 5.7). A vida cristã está associada, em seus primórdios e, em sua continuação, à observância dos sacramentos. Tanto a Santa Ceia como o Batismo em Água, ambos desde os primeiros passos da Igreja de Cristo, estão associados com a proclamação do Evangelho. Atos 2.38,41; 1Co 10.1-4, 11.26. As ordenanças estão realmente associadas no ensino de Jesus, quando Ele fala sobre a sua morte e, na mente da Igreja quando relembra suas solenes obrigações.

As ordenanças são ritos próprios da Nova Aliança, «Este é cálice da Nova Aliança» (Luc 22.20; 1 Cor 11.25). A Nova Aliança teve início pelo sangue de Cristo (Êx 24.8; Jer 31.32; Heb 9.14,15). As bênçãos Divinas são transmitidas por intermédio de Seu sacrifício, de Sua Palavra, Sua promessa no Evangelho e, na observância das Ordenanças, devidamente apropriados pela fé, é verdade que não podemos nos apegar somente nos dois ritos como se isso fosse tudo. Contudo, estas ordenanças, quando administrados de conformidade com os princípios estabelecidos pelos santos Apóstolos de Jesus Cristo, isto é, de acordo com a Doutrina dos Apóstolos, nos faz relembrar continuamente a grande base da nossa salvação, a saber, Jesus Cristo, em sua morte e ressurreição, e também nos faz lembrar que temos de andar de modo digno, segundo a vocação, mediante a qual fomos chamados (Efés 4.1). A Igreja do Senhor Jesus Cristo, deve levar muito a sério a ênfase e a instrução bíblica sobre as duas ordenanças, «o Batismo em Água» e a «Ceia do Senhor Jesus Cristo» e, regozijar-se, porque o seu significado continua sendo tão relevante e aplicável como era para a Igreja de Cristo, no primeiro século. Contudo, é preciso que a Igreja de Cristo dos dias atuais, siga nos mesmos trilhos da Igreja Primitiva.

QUANDO CELEBRAR A CEIA
Atualmente as denominações cristãs, têm por costume, celebrar a «Ceia» durante o dia, ou seja, durante o período diurno. Todavia, esta é uma prática incorreta, que confronta com a Bíblia, compare: Primeiro: A Ceia pascal dos judeus somente era (e ainda é) comida durante o «período noturno» do dia 15 de Nisã, ou seja, após o pôr-do-sol do dia 14 (Êx 12.8). A Última Ceia pascal em que Jesus celebrou com os Seus discípulos, foi «na noite» do dia 15 de Nisã, aliás, não há nenhuma evidência bíblica que venha a apontar sobre uma Ceia pascal realizada durante o «dia», isto é, durante o período de claridade; e, nem tão pouco pode haver tal evidência. Segundo: Uma vez que a palavra «ceia» significa «refeição noturna», como todos sabem, então, é algo extremamente discordante, sem fundamento, sem ética celebrá-la «durante o dia» (período diurno). Se for celebrada «durante o dia», então «não é ceia» de modo algum, mas, podendo ser «o café da manhã» ou «o almoço» e assim por diante, mas não uma «Ceia». Uma Ceia não é celebrada durante o dia, tão somente durante à noite. Portanto, fica manifesto, que a Ceia do Senhor Jesus Cristo, só deve ser celebrada durante o período noturno (de noite), e nunca no período diurno (de dia). Caso contrário, como já dissemos, não poderemos considerá-la e, nem tão pouco é uma Ceia. Não faz sentido celebrar uma Ceia durante o dia. Lembrando, os que insistem em celebrar a Ceia durante o período diurno, ignoram a realidade e propósitos contidos nela.

Jesus celebrou a Páscoa com seus apóstolos, dispensou Judas Iscariotes e, em seguida, instituiu a Ceia do Senhor. Essa ceia substituiu a Páscoa judaica e, portanto, deve ser celebrada em memória de seu sacrifício na cruz por nós. Quando se diz em memória significa a todo tempo, não só uma vez por ano, mas, sempre! Porque, é em memória do que Jesus fez por nós na cruz.

REPRESENTAÇÃO DA CEIA
A ceia do páscoa em Israel é composta da carne do cordeiro sacrificado, além do pão ázimo, e de ervas amargas. As ervas amargas representam os dias de sofrimento no Egito, enquanto o pão sem fermento representa a pressa dos hebreus em deixar aquele lugar.
Já a Ceia da igreja, nos remete a última ceia de Jesus, não tinha estes elementos. Havia, sim, o pão, que o texto bíblico não informa se levedado ou não, além do vinho, algo que não faz parte da ceia da páscoa.

Como Jesus é Judeu e foi criado como Judeu no rigor da lei provavelmente comeu a Páscoa, e certamente na mesa haveria estes elementos, as ervas amargas, o cordeiro e o pão sem levedura. Em Mateus 5:17 o próprio Jesus afirma: Não cuideis que vim destruir a Lei ou os profetas: não vim ab-rogar, mas cumprir, e se estivesse cumprindo a Lei, tais elementos estariam à mesa. Porém, há muita discussão a esse respeito; se tinham ou não os elementos da páscoa em sua mesa, o que nos faz concluir que se caso houvesse tais elementos, Jesus só destacou o pão e o vinho como sendo seu corpo e seu sangue. Assim sendo, apesar de ser a ceia da páscoa, conforme a informação de João, Jesus instituiu a ceia cristã com seu corpo e sangue sendo representado em dois elementos da ceia pascoal, que é o vinho e o pão sem fermento. Na verdade a ceia aponta para o sacrifício de Jesus na cruz sendo Jesus o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, seu corpo é o pão e seu sangue é vinho e as evas amargas nosso luto e dor pelo Seu sofrimento na cruz e pão sem fermento representa o corpo de Jesus sem pecado.

A Santa Ceia representa o sacrifício de Jesus por nós na cruz. Jesus mandou tomar a Ceia para lembrar o que Ele fez por nós. Quem toma a Ceia do Senhor está mostrando que aceitou o sacrifício de Jesus pelos seus pecados.
É fácil esquecer o milagre de Jesus no cotidiano. A Santa Ceia é um momento para lembrar de novo que Ele morreu por você. É um tempo para refletir e agradecer Seu sacrifício e colocar as coisas em perspectiva.

A PREPARAÇÃO DA CEIA
Quatro textos registram os pormenores da primeira "Ceia do Senhor". Três destes relatos estão nos evangelhos (Mateus 26:26-29; Marcos 14:22-25 e Lucas 22:19-20) e o outro está em 1 Coríntios 11:23-26. Podemos aprender como Jesus e os apóstolos celebraram a ceia comparando estes relatos. Por favor, pare uns poucos minutos para ler cada uma destas quatro passagens, antes de continuar este estudo. Observe as minúcias:

O propósito: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19). A Ceia do Senhor é nossa oportunidade para lembrar o sacrifício que Jesus fez na cruz, pelo qual ele nos oferece a esperança da vida eterna: "Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1 Coríntios 11:26). A Ceia do Senhor não pretende ser um memorial do nascimento, da vida ou da ressurreição de Cristo. É um momento especial no qual os cristãos refletem sobre o Salvador sofredor para serem lembrados do alto preço que ele pagou por nossos pecados. Precisamos manter este tema central do evangelho (1 Coríntios 2:1-2) em nossas mentes.

A SIMBOLOGIA
Os símbolos: Jesus usou dois símbolos para representar seu corpo e seu sangue. É claro que ele não ofereceu literalmente seu corpo (que ainda estava inteiro) nem seu sangue (que ainda estava correndo através de suas veias). Ele deu aos discípulos pão sem fermento para representar seu corpo e o fruto da videira (suco de uva) para representar o sangue que estava para ser derramado na cruz. Ele não deixou dúvida sobre a relação deste sacrifício com nossa salvação: "Porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados" (Mateus 26:28).
A ordem: Quando comparamos estes quatro relatos, podemos também ver a ordem na qual a ceia foi observada. Jesus primeiro orou para agradecer a Deus pelo pão e então todos o partilharam. Ele orou de novo para agradecer ao Senhor pelo cálice, e todos beberam dele. Deste modo, ele chamou especial atenção para cada elemento da ceia.
Jesus Cristo instituiu essa celebração na noite da Páscoa judaica de 33 EC. A Páscoa era comemorada apenas uma vez por ano, no 14.° dia do mês judaico de nisã. Para calcularem essa data, os judeus evidentemente esperavam pelo equinócio da primavera. Esse é o dia em que há cerca de 12 horas de claridade e 12 de escuridão. A primeira lua nova observável mais perto do equinócio da primavera marcava o primeiro dia de nisã. A Páscoa começava 13 dias depois.

A LITURGIA DA CEIA
O Evangelho de Mateus relata: “Jesus pegou um pão e, depois de proferir uma bênção, partiu-o e deu aos discípulos, dizendo: ‘Peguem, comam. Isto representa o meu corpo.’ E, pegando um cálice, ele deu graças e o deu a eles, dizendo: ‘Bebam dele, todos vocês, pois isto representa  o meu “sangue do pacto”, que será derramado em benefício de muitos, para o perdão de pecados.’” — Mateus 26:26-28.

Alguns acreditam que o pão se tenha tornado literalmente a carne de Jesus, e o vinho, o sangue. No entanto, o corpo físico de Jesus ainda estava intacto quando ele ofereceu esse pão. Será que os apóstolos comeram realmente a carne literal de Jesus e beberam seu sangue? Não, pois isso seria teogagia ou ainda canibalismo e assim uma violação da lei de Deus. Gênesis 9:3, 4; Levítico 17:10. De acordo com Lucas 22:20, Jesus disse: “Este cálice representa o novo pacto com base no meu sangue, que será derramado em seu benefício.” Será que aquele copo se tornou literalmente “o novo pacto”? Isso seria impossível, visto que um pacto é um acordo, não algo tangível.

Assim, tanto o pão como o vinho são apenas símbolos. O pão simboliza o corpo perfeito de Jesus. Ele usou um pão que havia sobrado da ceia da Páscoa. Esse pão era feito sem fermento, ou levedura. (Êxodo 12:8) A Bíblia muitas vezes usa o fermento como símbolo de pecado ou corrupção. O pão, portanto, representa o corpo perfeito que Jesus sacrificou. Era sem pecado. Mateus 16:11, 12; 1 Coríntios 5:6, 7; 1 Pedro 2:22; 1 João 2:1, 2.

O vinho tinto representa o sangue de Jesus. Esse sangue torna válido o novo pacto. Jesus disse que seu sangue foi derramado “para o perdão de pecados”. Os humanos podem assim tornar-se puros aos olhos de Deus e ser admitidos no novo pacto com Jeová. Hebreus 9:14; 10:16, 17. Esse pacto, ou contrato, abre a oportunidade para 144 mil cristãos fiéis irem para o céu. Ali servirão como reis e sacerdotes para a bênção de todos os humanos obedientes. Gênesis 22:18; Jeremias 31:31-33; 1 Pedro 2:9; Apocalipse 5:9, 10; 14:1-3.

Em resumo, a ceia do Senhor foi instituída para simbolizar e comunicar seis importantes verdades:
1º – Um memorial para lembrar-nos a verdade central do cristianismo.
2º – A comunhão da igreja, o corpo de Cristo;
3º – Um culto em que o crente examina seu andar com Cristo;
4º – Um culto de gratidão pela salvação (v. 24);
5º – Um testemunho da morte de Cristo (v. 26);
6º – Um culto de esperança

A CERIMÔNIA DA CEIA
A verdadeira Cerimônia da Santa Ceia deve ser acompanhada pelo “Lava-pés”. Se uma igreja não usa esta cerimônia, sua comemoração da Santa Ceia não está “completa”, como Jesus ensinou. Mas qual a importância do Lava-pés? Vejamos:

A cerimônia do Lava Pés foi instituída pelo Senhor Jesus para fazer parte da Santa Ceia, que deve ser comemorada até que Jesus volte (1 Coríntios 11:26). Podemos encontrar este ensinamento no Evangelho de João capítulo 13, versos 1-10. Mas qual seu significado? No verso 10 lemos: “Declarou-lhe Jesus: quem já se banhou (foi batizado) não necessita de lavar senão os pés; quanto ao mais está todo limpo…” Podemos ver que o lava Pés é um mini batismo. Mas porque precisamos dele? Porque na vida tropeçamos e caímos. Temos de constantemente sermos purificados de nossos pecados, e a cerimônia do lava-pés é uma oportunidade para isso.

Antes da realização da ceia, Jesus levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, e este lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim? Respondeu-lhe Jesus: O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo (João 13:4-8).
Depois que levantou do lugar onde estava, Jesus pegou uma toalha e foi lavar os pés dos discípulos. Ao aproximar-se de Simão Pedro para fazer o mesmo, Pedro não queria aceitar. Sabe o que Jesus disse? Leia o verso 8: “Se eu não te lavar, não tens parte comigo”. Ao ouvir esta declaração, apavorado Pedro exclamou: “Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça”. A Bíblia diz que se não aceitarmos participar, não temos parte com Jesus, pois estamos demonstrando que não possuímos o caráter humilde de Cristo.
Os Cristãos primitivos também realizavam o Lava-pés. Em l Timóteo 5:10 encontramos a orientação de Paulo a Timóteo para que dê cargos na igreja somente para as viúvas que já “lavaram os pés dos santos”. Vemos aqui a importância desta instituição na vida de um crente, pois demonstra a autenticidade da conversão efetuada em sua vida.

Deus tem dois principais propósitos ao instituir o Lava Pés: Nos purificar dos pecados; somos purificados, porque ao participarmos demonstramos fé no sacrifício de Jesus;
Desenvolver em nós a humildade.
Quando lavamos os pés de nosso irmão, estamos dizendo que não somos maior que ele. O Senhor disse: Ora, se eu sendo o Senhor e o mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. João 13:14. Isso faz com que aprendamos a ser mais humildes, preparando-nos assim, para irmos para o céu.
Porque eu vos dei o exemplo, para que como eu vos fiz, façais vós também. João 13:15. Estás disposto a seguir o exemplo de Cristo? Então procure a igreja que pratica esta cerimônia feita pelo Senhor, e verás que Deus irá lhe abençoar ricamente. Lembre-se do que nosso Salvador disse: Ora, se sabeis estas coisas, bem- aventurados sois se as praticardes. João 13:17.

CONTINUA...

SHALOM ADONAY

José Alfinyahu, Teólogo, Parapsicólogo, Psicanalista, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistemática.

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sexta-feira, 2 de março de 2018

A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO

A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO
Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento. Mateus 9:13.
O arrependimento é evidentemente uma das doutrinas fundamental do cristianismo, cujos princípios devem ser lançados e praticados para todos aqueles que caminham em busca da Salvação. Como está escrito: Jesus passou a pregar e dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus. Mateus 4:17. A mensagem de Jesus era as boas novas de Salvação que era condicionada ao arrependimento para conversão a uma nova vida com Deus, como está escrito: O reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho. Marcos 1:15. Mais tarde ele declarou, respondendo aos fariseus: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento. (Lc 5:31-32; cf. Mt 9:12-13; Mc 2:17). Quando perguntaram a Jesus se os galileus que sofreram nas mãos de Pilatos eram “mais pecadores do que todos”, ele disse: Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Lucas 13:2-3.
A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO
A DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO
A doutrina do arrependimento deve ser ensinada insistentemente, enfocando os sublimes efeitos que tal atitude proporciona aos que a praticam, pois os que não se arrependerem, certamente perecerão. Lucas 13.5.
Então surge a questão; o que é arrependimento? Para responder esta pergunta precisamos analisar o que de fato disse Jesus ao pronunciar o termo arrependimento, em grego, usam-se dois verbos em conexão com o arrependimento: metanoéo e metamélomai. O primeiro compõe-se de metá, significando “depois”, e de noéo; relacionado com nous, a mente, a disposição mental, ou a consciência moral, significando “perceber, discernir, compreender, ou estar ciente”. Por isso, metanoéo significa literalmente conhecimento posterior (em contraste com previsão, ou conhecimento prévio), e significa uma mudança de ideia, de atitude ou de propósito da pessoa. Metamélomai, por outro lado, provém de mélo, que significa “importar-se com, ou interessar-se em”. O prefixo metá (depois) dá ao verbo o sentido de ‘deplorar’ (Mt 21:30; 2Co 7:8), ou ‘arrepender-se’.

O verbo que dá origem a palavra arrependimento em grego, como já descrevemos, é metanoeo, que significa mudar de pensamento, e é definido como se arrepender, incluindo as ideias de reflexão, contemplação, e mudança de mente, pensamento, por exemplo, do julgamento e do sentimento, sobre aspectos morais, com referência particular ao caráter e conduta do próprio individuo. Entretanto, temos que entender que o verbo metanoeo não deve restringir-se apenas à mera tristeza pelo pecado o arrependimento no sentido de contrição; mas implica uma mudança de pontos de vista, de pensamento e de propósito, e uma consequente mudança da predisposição; arrependimento no sentido de conversão. Tipo mudar de comportamento, como arrepender-se, de ter ofendido alguém e nunca mais praticar esse erro. O arrependimento causa uma mudança na mente. O arrependimento causa uma mudança nas afeições. O arrependimento opera uma mudança na vida.
Na verdade, o arrependimento para a salvação arrependimento (grego “metanoeo”) inclui mudança de direção, ponto de vista e propósito. Trata-se de uma profunda comoção por ter ofendido a Deus e ao próximo e é sempre acompanhado da confissão de pecados. Em Marcos 1.4,5 lemos que: apareceu João batizando no deserto, e pregando o batismo de arrependimento, para remissão dos pecados. E toda a província da Judéia e os de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram batizados por ele no rio Jordão, confessando os seus pecados. Marcos 1.4,5. O arrependimento produz uma mudança radical no estilo de vida. A pessoa passa a ver o pecado como Deus vê, passa a gostar do que Deus gosta, e reprova o que Deus reprova. A Palavra de Deus passa a ser padrão e prioridade em sua vida.

Quando analisamos o arrependimento em hebraico encontramos os termos o teshuvá, charatá e naham. O interessante é que estes termos além de não serem sinônimos, são opostos. Charatá implica em um sentimento de culpa pelo passado com a intenção de comportar-se de maneira completamente nova no futuro. A pessoa decide tornar-se “uma nova pessoa”.
Porém, teshuvá possui três significados diferentes, embora entrelaçados. Primeiro, denota "retorno"; uma volta a Deus e à Sua Vontade. Segundo, significa "virar-se em direção", ou seja, tomar um rumo diferente e melhor na vida. Terceiro, significa "resposta", uma reação a um chamado que significa estar atento à Voz do Eterno.
Foi Deus através do judaísmo, que trouxe o conceito de Teshuvá, os judeus por sua vez pregram ao mundo a ideia de que podemos mudar. Segundo Deus nós não estamos predestinados a continuar a ser o que somos. Ainda hoje, esta continua a ser uma ideia radical para mudança. Provavelmente, seja por isso alguns biólogos e neurocientistas acreditam que o nosso caráter e ações são totalmente determinadas pelos nossos genes, pelo nosso DNA. Escolhas, mudança de caráter e livre-arbítrio são segundos eles ilusões.
Porém, na bíblia encontramos outro termo hebraico que é o Naham que traduz o arrependimento e nos dar a ideia de que podemos mudar, este termo foi traduzido na literatura bíblica portuguesa por "arrepender-se" ou "consolar". "O termo Hb. Naham para 'arrepender' ocorre cerca de 40 vezes e "consolar" cerca de 65 vezes no AT. Os estudiosos dão várias opiniões no esforço de determinar o significado do Hb. Naham, relacionando a palavra com mudança ou disposição do coração, mente, propósito ou mudança da conduta pessoal.
Este verbo ocorre em alguns textos indicando sentimentos pessoais. Em Juízes 21:15 retrata o sentimento que as onze tribos tiveram pela tribo de Benjamim no período de guerra civil, quando a tribo de Benjamim quase foi dizimada; então as demais tribos "tiveram compaixão" Hb. Naham. E em Genesis 24:67 afirma que Isaque foi "consolado" Hb. Naham, quando se casou, depois da morte de sua mãe, Sara. Naham aqui trata do sentimento ou amor pela esposa.
Na verdade este termo Naham no hebraico é um verbo ocorre no pual, hitpael, mas especialmente, no nifal e piel. O verbo reflete a ideia de "respirar profundamente" e, por conseguinte, a manifestação física dos sentimentos da pessoa, geralmente tristeza, compaixão ou pena. Define-se Naham como: Arrepender-se, ter pena, consolar, ter compaixão, lamentar, ter tristeza ou ser consolado.
O verbo arrepender-se significa mudar de atitude com respeito a uma ação ou conduta passada por se sentir lástima ou insatisfação, ou sentir lástima, contrição, ou compunção, pelo que a pessoa fez ou deixou de fazer. Em muitos textos, esta é a ideia do hebraico Nahhám. Nahhám pode significar “deplorar; sentir lástima, guardar um período de luto, arrepender-se. (Êx 13:17; Gên 38:12; Jó 42:6), bem como “consolar-se” (2Sa 13:39; Ez 5:13), aliviar-se (como que dos inimigos). (Is 1:24) Quer se sinta lástima quer consolo, pode-se depreender que está envolvida uma mudança de ideia ou de sentimento no sentido de mudar de comportamento.
A possibilidade de mudar é uma característica humana é o maior dom do universo dado por Deus à humanidade. Esse dom é conhecido como mutabilidade, somos mutáveis graças a Deus, assim sendo temos o poder para mudar seja para melhor ou pior, mas, podemos devemos mudar nossa historia para melhor. Porque, essa é à vontade Deus para nossas vidas, que venhamos escolher sempre mudar para o bem, sempre escolher a luz e nos preencher com predicados positivos e altruístas sem remorsos ou tristezas.
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DIFERENÇA ENTRE ARREPENDIMENTO E REMORSO
Remorso é quando temos uma espécie de inquietação, de culpa pela prática de algo. Porém, o remorso não nos leva ao arrependimento genuíno. O remorso não vai além da culpa por ter cometido algo reprovável. Ele não produz mudança de vida. Geralmente está mais ligado a um forte sentimento de censura por algo que fizemos saiu do controle ou não produziu o efeito que desejávamos, mas não leva a pessoa a mudanças de atitude significativas.

Arrependimento como acabamos de ver é uma mudança de ideia, de direção, de atitude. O arrependimento para ser realmente arrependimento precisa trazer em si o desejo da pessoa em mudar de direção. É por isso que a Bíblia nos ensina a nos arrepender de nossos pecados e não apenas ter remorso deles. Arrepender-se implica em mudança de direção e profundo pesar pelo pecado cometido. Daí Jesus dizer “Vá e não peques mais” quando perdoava alguém.
Muitas vezes, alguém que gosta de se aprofundar no estudo das Escrituras se pergunta qual é a diferença espiritual entre arrependimento e remorso, e o interessante é que a própria Bíblia, no seu original grego, faz diferença entre ambas às atitudes.
Que são os termos metanoia e metalomai, o primeiro termo, é a palavra grega traduzida por “arrependimento” que é metanoia (μετάνοια) e sempre significa uma mudança de mente ou atitude, essencial à salvação, como no "batismo de arrependimento" de Atos 13:24.
Metanoia aparece 58 vezes no Novo Testamento. Já outra palavra que às vezes é traduzida como arrependimento é metamelomai (μεταμέλομαι), que aparece 6 vezes no Novo Testamento, mas está muito mais ligada à ideia de tristeza, de remorso, do que propriamente mudança de rumo, de mente. O exemplo clássico é o caso de Judas em Mateus 27:3, conforme você pode perceber nessas 3 diferentes versões para o português:
Mateus 27:3 diz: Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos. Almeida Revista e Corrigida - ARC.

Mateus 27:3 Então Judas, aquele que o traíra, vendo que Jesus fora condenado, devolveu, compungido, as trinta moedas de prata aos anciãos. Almeida Revista e Atualizada - ARA.

Mateus 27:3 Quando Judas, que o havia traído, viu que Jesus fora condenado, foi tomado de remorso e devolveu aos chefes dos sacerdotes e anciãos as trinta moedas de prata. Nova Versão Internacional - NVI.

Mateus 27:3 Quando Judas, o traidor, viu que Jesus havia sido condenado, sentiu remorso e foi devolver as trintas moedas de prata aos chefes dos sacerdotes e aos líderes judeus. Nova Tradução na Linguagem de Hoje - NTLH.

Já a tradução católica da Bíblia do Peregrino, BP. Traduz o mesmo versículo dizendo que Judas se arrependeu, enquanto igualmente as traduções católicas Bíblia de Jerusalém, BJ. E Edição Pastoral EP., traduz com "sentiu remorsos" em ambas, e a Tradução Ecumênica da Bíblia; TEB - "assaltado de remorsos", concordam com a versão protestante.

A palavra traduzida por "arrependido" (ARC e BP), "compungido" (ARA) e "tomado de remorso" e todas as demais, é metamelomai, que mostra que Judas ficou triste pelo que fez, "arrependido" até certo ponto, como Esaú, que "querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas" (Hebreus 12:17). A palavra aí traduzida por "arrependimento" é metanoia, algo que Esaú buscou com lágrimas, mas não achou.

Logo, podemos concluir que arrependimento significa uma conversão real, verdadeira, uma mudança de rumo, enquanto remorso é apenas o reconhecimento de que se fez algo errado, mas, talvez, se pudesse voltar atrás, a pessoa teria feito a mesma coisa, e a única coisa que lhe restou foi o gosto amargo de ter feito o que fez.
A Tristeza não é arrependimento. Muitos líderes religiosos dizem aos seus seguidores que tristeza é arrependimento, mas não é Paulo diz que: a tristeza segundo Deus opera arrependimento. 2 Coríntios 7:10, por exemplo, a tristeza, segundo Deus, "opera" ou "produz" arrependimento, mas não é arrependimento. Porque, arrependimento é uma mudança de pensamento como já vimos e quando mudamos de pensamento não ha lugar para tristeza em nós. Afinal, a fé é fruto do Espírito Santo e onde Ele está ha fartura de alegria.
A tristeza é fruto do medo e o terror judicial na consciência não é arrependimento. Muitos indivíduos, os quais foram apavorados pela exposição verdadeira de um julgamento pessoal e eterno, têm, mesmo assim, continuado no pecado e na rebeldia, tanto pela continuidade na sua autojustiça quanto pela rebeldia aberta o que os leva a tristeza de estarem pecando continuamente. Sabemos, o que é nascido de Deus não vive na pratica do pecado. Como está escrito: E todo o que nele tem a alegria da esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro. Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na rebeldia, pois o pecado é rebeldia. 1 João 3:3,4
Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus. 1 João 3:9

O ARREPENDIMENTO É, PRIMEIRAMENTE, PARA COM DEUS
O Apóstolo Paulo pregou "conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo."
Deve ser reconhecido o direito de Deus sobre a pessoa.
Deus criou o homem, e como seu Criador, Ele tem o direito de exigir que Suas criaturas vivam para Sua glória em verdadeira justiça.
O verbo METANOEO é "meta", após, implicando mudança, "noeo", perceber. Em outras palavras, se vem a "enxergar" que seu processo mental, proposta e modo de viver, estão errados em relação a Deus, e o pecador "arrepende-se" ou "muda sua mente."
O amor do pecado "morre" no coração de algum.
O pecado é descrito por Deus em Suas Inspiradas Escrituras como "a iniquidade" ou transgressão A palavra Grega é ANOMIA, e é traduzida em outros lugares como "iniquidade" e "injustiça"
Não só rege a lei da nossa conduta exterior, assim como também dos nossos "corações." Jesus disse que foram as coisas geradas no coração que contaminam o homem,12 e Paulo disse que a Lei alcançou seu coração e ressaltou sua desobediência.13

No arrependimento, a consciência é primeiramente "mudada", por exemplo: o pecado do qual alguém antes "usufruiu" e "se deliciava" torna-se uma abominação, e então sua conduta exterior evidencia esta "mudança".
O pecado é renunciado.
Quando o arrependimento é exercitado, ele não é para ser arrependido.
 Ele, então, é um estado em que um está, e age de uma maneira propícia.
Ninguém "ficou em cima" de José, para que ficasse longe do adultério com a amante Egípcia. Quando a senhora Potifar propôs José ao sexo ilícito, ele disse: "Como faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus?"14 Ele renunciou ao pecado!
Ninguém "perseguiu" Moisés, para que ficasse longe dos pecados da corte de Faraó, no voluptuoso Egito.15 Moisés renunciou ao pecado!
Ao invés de viver para satisfazer as paixões devassadas da alma, no arrependimento, o indivíduo teve "uma mudança de mente" e agora vive para Deus.

Um caso de pseudo arrependimento
"Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos."

Há casos iguais ao de Judas, onde o indivíduo experimenta a "mudança de pensamento", mas a "mudança" não vem de uma mudança de atitude e emoção adequada, e portanto não produz a "mudança de pensamento", revelando que esta mudança não é fruto da regeneração.

A palavra usada, à respeito de Judas, é METAMELOMAI. A palavra significa que Judas ficou entristecido que fora "capturado" ou "condenado", e não significa que ele "arrependera-se" e Deus "recusou-se em salvá-lo."

O ARREPENDIMENTO AGE PARA COM OS NOSSOS PRÓXIMOS.
Se alguma pessoa teve uma "mudança de mente", a respeito de seu relacionamento com Deus, esta terá, sem dúvida alguma, uma "mudança de mente", a respeito dos seus próximos.
Se o pecador estiver realmente arrependido de seu pecado perante de Deus, então ele estará arrependido a respeito de seu relacionamento com seu "conterrâneo". O mesmo Deus que deu os primeiros cinco Mandamentos, os quais eram de regulamentar a conduta de alguém para com Ele, também deu os últimos cinco para regulamentar a conduta de alguém com seus semelhantes.
O relatório de Zaqueu testifica que o arrependido passará por uma mudança de mente para com o seu próximo. Zaqueu foi um homem que cobrou mais do que deveria, como cobrador de impostos. Todavia, quando ele se arrependeu de seus pecados perante Deus, ele disse: "Eis que dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado."
 O apóstolo João diz claramente que quem arrependeu-se diante de Deus (e agora ama a Deus), também arrepender-se-á diante do povo de Deus (e agora ama o povo de Deus).

A MENSAGEM DE DEUS É UMA CHAMADA A MUDANÇA.
Muitos líderes religiosos nos dizem que o arrependimento não é para esta época. Mas, como pode ser observado pela Palavra de Deus, o arrependimento foi pregado durante o ministério de João o Batista 27; durante o ministério de Jesus 28; e durante o ministério de Paulo.
E assim disse de Paulo: "Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam."
A recusa do homem de arrepender-se meramente testifica o fato de que a mente e a alma estão em antagonismo contra o Senhor da Glória; e, tal indivíduo está escorregando velozmente em direção ao inferno.
É necessário arrepender-se diante de Deus e confiar em Jesus Cristo como seu único Salvador, ou será condenado pelos seus pecados.
A Palavra de Deus nos ensina que Deus ordena o arrependimento no século XXI como Ele fez no primeiro. Se a alma não se arrepender, será condenada, e esta, para a eternidade.
Para toda alma arrependida (METANOEO), haverá o perdão dos pecados.
A Bíblia! Assim diz o Evangelho: E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2.
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. (Gal. 2:20).
Podemos concluir com tudo o que foi dito é que o arrependimento é uma “a mudança produzida na vida consciente do pecador, pela qual ele abandona o pecado”. É uma mudança de mente; é um estado de contrição profunda do coração humano, pela culpa do pecado, e o desejo de abandoná-lo. É dar meia-volta, e seguir na direção oposta ao caminho que seguia. É uma mudança de atitude, como Zaqueu (Lc 19.8), e de rumo, como o filho pródigo (Lc 15.18-20). É a condição para o ser humano alcançar o perdão, quer ele seja um perdido pecador (Lc 13.3; At 2.38; 3.19; 17.30; 2ª Pe 3.9), ou aquele que, mesmo conhecendo a Deus, também pecou (Ap 2.5, 15, 21; 3.3, 19).
Arrependimento envolve uma completa mudança de pensamentos sobre o pecado e a percepção da necessidade de um salvador. O arrependimento faz o homem ficar tão impactado por causa do pecado, que ele aceita com alegria tudo o que Deus requer para uma vida de retidão. O arrependimento então é virar para o Senhor Jesus com todo o ser em obediência à Sua vontade. Este virar requer confiança incondicional nele e é a renúncia de toda a ajuda humana idólatra.

CONTINUA...

SHALOM ADONAY

JOSÉ ALFINYAHU, Professor, Th.M em bíblia e Th.D em Teologia Sistematica.

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